Após a prisão do indiciado Francisco das Chagas Silva, ocorrida dia 9 de janeiro, e de sua confissão de estupro, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Imperatriz (DPCA) deu prosseguimento às investigações da vida pregressa do indiciado. As investigações culminaram com a descoberta de uma série de crimes praticada ao longo de vários anos pelo acusado.
Como resultado das investigações, não obstante Francisco das Chagas tenha confessado que foi a primeira vez que incorreu nesse tipo de crime (estupro), constatou-se que o acusado é criminoso de alta periculosidade com uma vasta ficha criminal, incluindo assaltos, diversos estupros, além de participação em fuga e motins com reféns. Nas imediações onde o criminoso morava em Imperatriz, foi obtida a informação de que o acusado tentou ludibriar pelo menos três crianças oferecendo-lhes dinheiro.
Recolhido à Casa de Custódia Professor José de Ribamar Leite, no Piauí, por assalto desde 1993, empreendeu fuga daquele presídio no ano de 1995, dando entrada novamente naquela unidade prisional em janeiro de 2002, condenado a 26 anos de reclusão, por estupros de vulneráveis: sendo uma garota de 11 anos, duas de 12, uma de 15 e outra de 18. Todos confessados espontaneamente perante autoridade policial e dois promotores.
Francisco das Chagas usava sempre o mesmo modus operandi. Ele se apresentava de surpresa à vítima como benzedor e insistia em benzê-las nos quartos de suas casas quando sabia que não tinha ninguém em casa. Chegando nos quartos, ele as amarrava afirmando ser parte do ritual. Uma vez amarradas, ele ia na cozinha, se armava com uma faca e as estuprava com emprego de ameaça e violência.
Em junho de 2002, foi transferido da Casa de Custódia para a Penitenciária Gonçalo Lima, no Piauí. Ele participou de rebelião, onde 15 agentes penitenciários foram feitos reféns e um detento foi morto. De lá, conseguiu sair e veio morar em Imperatriz, onde foi preso por ter cometido o mesmo crime.
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