Foi realizado, nessa quinta-feira (19), o julgamento de Raimunda dos Santos Melo, vulgo ‘Kerline’, acusada de tentativa de homicídio contra o policial militar Eronildes Sousa Santos, Soldado Santos. O crime aconteceu no dia 27 de outubro de 2012, quando ela estava sendo apresentada na 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Imperatriz.
Na ocasião, Raimunda dos Santos Melo foi detida por seguranças de uma casa noturna porque, segundo eles, ela estava vendendo crack no interior da boate. Ao ser revistada, Raimunda estava com quatro petecas de crack e uma faca tipo peixeira. Recebeu voz de prisão e foi levada para a Delegacia Regional de Polícia Civil.
Por se tratar de uma mulher, os policiais não a algemaram e ela aproveitou o descuido do Soldado Santos, que estava preenchendo o Registro de Operação Policial, o tradicional ROP, quando Raimunda pegou a faca e investiu sobre o militar e por pouco não causa uma tragédia. Ainda deu tempo de o policial se esquivar, pegar no braço dela, dominá-la e tomar-lhe a faca. Ela foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio e tráfico de droga.
No julgamento ocorrido ontem, em sessão presidida pelo juiz Delvan Tavares, titular da Vara da Infância e Juventude, respondendo pela 3ª Vara Criminal, o defensor público Thiago Castro defendeu a tese de desclassificação de tentativa de homicídio para apenas resistência. O corpo de jurado não acatou a tese, mas entendeu que Raimunda dos Santos Melo deveria ser absolvida, o que realmente aconteceu. Quanto à acusação de tráfico, foi desclassificada. No caso, Kerline foi colocada como usuária.
Mas Raimunda dos Santos Melo não saiu do julgamento para casa. Ela vai retornar para a prisão em Timon, onde se encontrava antes de vir para ser julgada em Imperatriz, porque cumpre pena de 20 anos por latrocínio (roubo seguido de morte) em Açailândia, fato ocorrido em 2004. Ela já cumpriu 11 anos. Na ocasião em que foi presa em Imperatriz, Kerline já estava cumprindo a pena em São Luís e tinha recebido o benefício de saída temporária do Dia dos Pais em 2012 e não voltou mais à prisão. Ela está cumprindo a pena no presídio de Timon, porque estava jurada de morte por companheiras de cela quando estava em São Luís.
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