Destruição de agências bancárias com uso de explosivos foi maioria das ações de bandidos

Dados divulgados, nessa quarta-feira (30), pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), delegacia regional de Imperatriz, apontaram crescimento de 20% no índice de crimes contra bancos no Estado em 2015.

Os crimes mais comuns, conforme dados colhidos até essa quarta-feira, foram assaltos, explosões de caixas eletrônicos (arrombamento) e “sapatinhos”.
Em números, conforme o delegado regional dos bancários, Luís Maia, foram 95 ocorrências – com a que ocorreu na madrugada de quarta-feira, em que foi pelos ares a agência do Bradesco de Afonso Pena –  este ano contra 75 de todo o ano de 2014.
“Isso é muito preocupante. O sindicato tem feito contato, procurado ajuda, informado aos órgãos de segurança e às autoridades, mas, infelizmente, o que tivemos, no que diz respeito à segurança bancária, foi o incremento da violência”, lamentou o sindicalista.
Dentre os crimes, o que mais chamou a atenção da liderança foi o “sapatinho”, modalidade criminosa em que os assaltantes mantêm a família do bancário como refém para obrigá-lo a ir à agência e sacar dinheiro para o bando. Maia lembrou que esse tipo de crime não diminuiu e deixa sequelas, tanto físicas quanto psicológicas, nas vítimas.
“O ‘sapatinho’, que é o sequestro do funcionário juntamente com sua família para que seja forçado a ir à agência sacar o dinheiro, é outra questão muito séria que tem ocorrido com bastante frequência e não diminuiu. E essas sequelas, além de físicas, são psicológicas, que se estendem do funcionário a seus familiares”, destacou.
A explosão de caixas eletrônicos, também, foi um tipo de crime muito comum no Estado, em especial nas regiões que têm Imperatriz como polo. Como uma espécie de revezamento, os bandidos explodiram caixas eletrônicos em cidades como Amarante do Maranhão, Carolina, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, Riachão e Governador Edison Lobão, entre outras.
“Só para falarmos de arrombamentos, são casos que se repetem e, com isso, a população tem uma perda enorme em relação a atendimento. Então, há um prejuízo não só para o corpo funcional mas, sobretudo, para a sociedade”, finalizou Luís Maia.