No primeiro semestre deste ano (janeiro a julho), foram registrados em Imperatriz 110 casos de violência contra criança e adolescente. Desse número, 64 correspondem a abuso sexual e três a exploração sexual; os demais estão relacionados a negligência, maus tratos, agressão física e outros. Se comparados com o ano de 2012, quando foram registrados 117 casos, esses dados impressionam o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), pois este ano vai superar o ano passado.
De acordo com Juscilene Reis, coordenadora do Creas, o número cresceu por causa do aumento de denúncias e também da expansão no setor de indústrias, com a vinda de várias pessoas para a cidade. “Nós estamos realizando ações preventivas, juntamente com os órgãos do sistema de garantia de direito, o que tem contribuído para a população estar à vontade para fazer a denúncia, até mesmo anônima”, afirma a coordenadora.
Outra mudança no cenário é em relação ao abuso sexual contra a criança e o adolescente. Antes, o agressor era o pai biológico. Atualmente, a violência passa a ser de um vizinho ou conhecido, em segundo lugar do pai biológico, terceiro padrasto e quarto outros familiares, de acordo com os dados do Creas. Essas denúncias são encaminhadas ao Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), uma unidade pública municipal responsável pelo atendimento psicológico e social à vítima. Normalmente, a faixa etária de meninas vítimas de abuso sexual é de 8 a 14 anos.