A trama tinha como foco inicial fazer como refém o único monitor da delegacia, fato que aconteceria no horário do café da manhã. Mas, esperto, o monitor percebeu que alguma coisa de errado estava ocorrendo nas celas. Ele conseguiu escapar da mira dos detentos e comunicou o caso aos policiais.
Comunicado da ação dos presos, o delegado regional Assis Ramos pediu ajuda da Polícia Militar, que enviou uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) para controlar os internos. Os dezoito presos foram retirados das celas e os policiais fizeram uma revista. Durante a vistoria, foram encontradas algumas armas caseiras produzidas pelos presos, conhecidas como “chuços”.
“Diante da gravidade da situação e do histórico de fugas na delegacia que já resultou em morte de detentos, nós solicitamos o apoio da PM para que pudéssemos fazer uma revista geral nas celas para tentar achar os materiais que ajudariam nessa fuga”, disse o delegado regional.
O delegado Assis Ramos disse que o pouco contingente e o excesso de presos nas delegacias da região fomentam as constantes fugas e tentativas de fugas. “Podemos considerar uma situação de superlotação, pois são pequenos espaços, cubículos na verdade, que existem na delegacia de João Lisboa”, afirmou o delegado.