Pastor Raul Cavalcante Batista narra história da IEADI ao jornalista Raimundo Primeiro
Pastor Raul Cavalcante Batista, presidente da Igreja Assembleia de Deus em Imperatriz
Vista frontal do prédio-sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Imperatriz, na rua Gonçalves Dias, Centro

Neste sábado, 27, O PROGRESSO publica, com exclusividade, trechos da entrevista concedida pelo pastor Raul Cavalcante Batista, um dos pioneiros da Igreja Assembleia de Deus em Imperatriz (IEADI), a Série "Nossa Gente", a ser veiculada, de forma inédita, pela TV PROGRESSO WEB durante três dias - sábado (27), 11h e 22h; domingo (28), 11 e 22h; segunda-feira (29), 11h e 22h.  As entrevistas serão conduzidas pelo jornalista Raimundo Primeiro, cujas atividades profissionais foram iniciadas no Jornal O PROGRESSO, com passagens, porém, por diversas emissoras de rádios e tvs de Imperatriz e região. Depois, a entrevista ficará disponível ao público, por meio das plataformas digitais, entre as quais o Facebook.

Muito cedo, aos 7 anos de idade, ele descobriu que havia nascido para transmitir a palavra de Deus, o Pai, Criador do Universo. Filho de José Romeu Batista e Judith Cavalcante Romeu, Raul Cavalcante Batista, foi o primeiro integrante da família a tornar-se evangélico. Pastor desde 1992, ele e a esposa - missionária Ruth Cavalcante - com quem é casado há 45 anos, nasceram em Imperatriz, têm 5 filhos, 6 netos e 4 bisnetos. Graduado em Teologia pela Faculdade de Teologia de Hokemãh (Fateh), de São Luís (MA), tem mestrado em Psicologia Pastoral, em Recife (PE). O doutorado foi feito em Brasília (DF). Participou de diversos cursos na área técnica, pois, antes de ser pastor, ele foi bancário. Ao deixar as atividades bancárias, preparou-se para assumir o Ministério Pastoral, participando de vários seminários e estudos.

TV PROGRESSO WEB - Fale um pouco sobre as suas atividades?

Pastor Raul Cavalcante - Sim. Atualmente, pela graça de Deus, estou exercendo as funções mencionadas na abertura do programa, durante a apresentação do meu currículo. Atividades na área religiosa, tanto na minha Igreja quanto em minha Convenção, que é regional, além da CGADB, que é nacional. Exercendo funções na área de Evangelismo Discipulado.

TV PROGRESSO WEB - O senhor é filho de evangélicos? Como nasceu a sua vocação?

Pastor Raul Cavalcante - Eu não sou filho de evangélicos. O meu avô, conhecido como tenente Pereira, era evangélico da Igreja Cristã, da qual foi moderador durante anos. Depois, através de meu tio, Jonas Barbosa dos Reis, que era da Assembleia de Deus, comecei, aos 7 anos de idade, tomando a decisão de aceitar a Cristo, sendo o primeiro da minha família, com 11 filhos. Depois, meus irmãos me acompanharam. Na sequência, minha mãe. Por último, meu pai, tornando-nos uma família evangélica, dentro da Assembleia de Deus, aqui em Imperatriz.

TV PROGRESSO WEB - Com foi o processo? Difícil, por ainda ser criança?  

Pastor Raul Cavalcante - Com 7 anos de idade, sem experiência de nada, foi meio difícil. Entretanto, foi sensação de alegria, no dia que tomei a decisão de ser evangélico. Fui sozinho para a Igreja, acompanhado de meu tio. Ao chegar em casa, a minha mãe já estava deitada, contei para ela; ela não disse nada. No outro dia, logo cedo, ao me levantar, fui até a casa de meu vizinho, alegre, para informar que havia tomado a decisão de ser crente. Era por volta das 6h30. Daí, comecei uma vida de dedicação a Igreja, mesmo criança, participando das atividades infantis, crescendo, chegando a minha adolescência e juventude. Me casei, com uma moça da Assembleia de Deus, a Ruth, iniciando uma vida na casa do Senhor. Participei do primeiro trabalho da nossa mocidade dentro, aqui, dentro da Igreja. 
Quando foi iniciado o trabalho chamado Umadi (União de Mocidade da Assembleia de Deus de Imperatriz), eu estava no primeiro culto, participando. Logo, me destaquei, na área da pregação da palavra, ainda jovem. Logo depois, em 1984, com a chegada do pastor Jairo Saldanha de Oliveira, como pastor da Igreja, em substituição ao pastor Luís de França Moreira. Ele, então, a pedido de meu sogro, José Ribeiro de Sousa, me apresentou como líder. Assumi esse trabalho em 84. Comecei um trabalho de liderança. Fui presidente, por três vezes, com atuações grandiosas, diferenciadas, onde Deus me deu a graça a enorme graça, me ajudando a realizar grandes trabalhos, os quais ajudaram no crescimento da Igreja. Daí, passei por diversas outras áreas, entre as quais da Família e da Escola Bíblica Dominical (EBD). 
Fiz parte de todos os departamentos da Igreja, tendo uma vida totalmente dedicada a Igreja, até chegar aos 38 anos de idade, quando eu senti um chamado específico de Deus para que eu ingressasse no Santo Ministério. Nessa época, trabalhava em Colinas, como gerente do Banco do Estado de Goiás (BEG). Ali, no auge de minha carreira profissional, tive essa direção de Deus, me apresentando a minha Convenção, sendo, logo em seguida, convidado a assumir a Igreja Assembleia de Deus, em Carolina (MA), em 1992, onde pastoreei pelo período de um ano. Após cumprir minha missão naquela cidade tocantina, a minha Convenção me transferiu para Imperatriz, onde permaneço até hoje. Ou seja, já são 26 anos de trabalho pastoral, que serão completados agora, em agosto, aqui nesta Igreja. 

TV PROGRESSO WEB - Qual era o cenário da região naquela época, sobretudo de Imperatriz? A Assembleia de Deus viva seus anos iniciais?

Pastor Raul Cavalcante - A Assembleia de Deus de Imperatriz completou 66 anos. E vai completar, agora, em setembro, 67 anos. Quando eu entrei, a Igreja estava com apenas 7 anos de idade. Estava também começando, com Imperatriz ainda muito pequena, com a gente não tendo muitas expectativas em relação a grandeza que a cidade teria hoje. Entretanto, a IEADI (Assembleia de Deus de Imperatriz) teve um papel muito importante. Eu diria, assim, de uma relevância fundamental para a cidade, em razão da visão do pastor Luís de França Moreira. Ele, com a Igreja, embora pequena, a exemplo da cidade, começou a colocar em prática o projeto de expansão, na própria cidade. Ele ia para aqueles bairros maios pobres, construindo templos pequenos. Como naquela época não tinha energia elétrica, não tinha nada, ele comprava um motorzinho de luz e instalava naquele templo recém-construído. Isso já chamava a atenção. Depois, com o passar dos tempos, com o crescimento da própria cidade, por meio da abertura de novos bairros, novos templos foram construídos. Colocava um motorzinho de luz, com o local se transformando no mais importante daquele pequeno bairro. Era a Igreja. A cidade era assim. 
A Assembleia de Deus fez parte do progresso e da dinâmica da própria Igreja, até 1984, com a chegada do novo pastor Jairo Saldanha de Oliveira, um homem, à época, com uns 50 anos de idade, mas de uma experiência muito grande, além do seu tempo, de um espírito jovem. Ele era visionário, de ideias grandiosas para a sua época, tendo a ideia de construir o maior templo do Brasil, aqui em Imperatriz, abalando a todos nós. Ele veio justamente para um lugar sem valor, naquele período, a conhecida região da Lagoa da Cofap, os mais antigos moradores da cidade sabem disso, sobre o que estou falando. Encontrou um local e comprou o lote, lançando a Pedra Fundamental desse grande templo. Fez toda a estrutura, construiu, cobriu o templo, não chegando a concluí-lo, porém, em decorrência do término de seu Ministério. Só que deixou a visão da grandeza, elevando o nome de Imperatriz no cenário brasileiro, colocando lá em cima, num patamar muito alto. Quem está lá fora, quando ouve falar sobre a Assembleia de Deus, da grandeza dessa obra, fica admirado, já que, no Brasil, inclusive em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), não existe um templo do tamanho do nosso. E isso fez com a Igreja tivesse uma visão grandiosa. Quando eu cheguei, em 1993, dei apenas sequência ao trabalho, concluindo esta grande obra. Esse templo já estava.  São quase 20 anos de história, com Deus  abençoando, de  forma  extraordinária. Isso  fez alavancar o progresso.
 

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(Raimundo Primeiro)