Brasília - A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o tráfico de pessoas deve terminar seus trabalhos em março de 2014, quando está prevista a votação do relatório final da deputada Flávia Morais (PDT-GO).
A CPI já aprovou um relatório parcial com sugestões legislativas. Entre as propostas, está a mudança na tipificação do crime no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), com pena de cinco a oito anos de reclusão, além do pagamento de multa.
O texto também proíbe a intermediação de pessoas físicas nos processos de adoção internacional e restringe o agenciamento de modelos profissionais. Agora, a CPI deve trabalhar para concluir o relatório com sugestões ao Poder Judiciário de indiciamento dos envolvidos com o crime.
O presidente da comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), informou que o parecer final vai conter também sugestões para que o Poder Público seja mais bem aparelhado para combater o tráfico de pessoas.
“O Brasil está entre os dez países que mais praticam essa atividade criminosa. Trata-se, portanto, de um crime muito mais recorrente do que os cidadãos imaginam”, destacou.
Jordy lembrou que o mercado do tráfico de seres humanos movimenta mais de 30 bilhões de dólares (cerca de R$ 71 bilhões) no mundo inteiro, vitimando mais de três milhões de indivíduos por ano.
A CPI realizou 81 reuniões e audiências públicas em Brasília e nos estados para ouvir diversos setores envolvidos com o combate ao problema.
Publicado em Justiça na Edição Nº 14889
Relatório final da CPI do Tráfico de Pessoas deve ser votado em março
Texto propõe mudança na tipificação do crime no CP e proíbe intermediação de pessoas físicas em processos de adoção internacional
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