Os procuradores da República no Município de Imperatriz, Henrique de Sá Valadão Lopes e Jorge Mauricio Klanovicz, receberam, na segunda-feira (30), membros da organização internacional não-governamental (ONG) Human Rights Watch, para dialogar sobre defesa de direitos dos povos indígenas e apresentar informações sobre a violação nesses casos.
Na ocasião, estiveram presentes César Munoz, espanhol com atuação na sede da ONG em São Paulo, e Luciana Téllez Chávez, dominicana que atua na sede da entidade em Nova York. César Munoz comentou que a visita ao Maranhão é parte do trabalho de monitoramento para relatório sobre a defesa dos direitos humanos. “Trabalhamos em 90 países e estamos sempre querendo conhecer como se dá a violência de forma local, especialmente contra indígenas, além da questão da exploração ilegal da floresta”, disse ele.
O procurador Jorge Mauricio Klanovicz, por sua vez, falou sobre a importância de encontros como esse: “Na atual quadra da História, em que o governo que se instalou no país promove uma cruzada contra os direitos humanos e especialmente contra os direitos das populações indígenas, é fundamental que os diversos atores comprometidos com a agenda emancipatória da Constituição de 88 dialoguem para articular ações de resistência”, destacou.
Já o procurador Henrique de Sá Valadão Lopes ressaltou a atenção em ouvir entidades de proteção aos direitos humanos, uma vez que o MPF sempre se preocupou com a efetivação dessas questões. “Ouvir entidades de proteção aos direitos humanos permite ao Ministério Público Federal sempre repensar a eficácia de sua atuação. Além disso, informações novas são trazidas a conhecimento, sugestões são feitas e a interlocução com atores da sociedade civil serve sempre para fortalecer o discurso e a prática dos direitos humanos. Por isso, o Ministério Público Federal agradece a visita realizada pela Human Rights Watch e as sugestões que foram feitas, porque ‘seu direito é nosso dever’ e há ainda muito o que ser feito” afirmou. (Ascom/PRMA)
Publicado em Justiça na Edição Nº 15999
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