A procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, cobrou do comandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Zanoni Porto, medidas para assegurar a ordem e a segurança dos cidadãos no estado. A reunião foi realizada na manhã dessa sexta-feira, 4, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, em São Luís.
O encontro foi motivado pelos crescentes índices de violência e a situação de instabilidade na segurança pública. O problema foi ampliado com o início da paralisação dos policiais militares. “O comando da Polícia Militar tem o dever de garantir a integridade física da população e a normalidade na vida cotidiana no Maranhão”, reivindicou Regina Rocha.
A procuradora destacou que a situação é “gravíssima” e requer medidas urgentes para garantir a estabilidade nas cidades maranhenses. Na ocasião, Regina Rocha mostrou ao comandante da PM as manifestações das Promotorias de Justiça de Imperatriz e Timon solicitando providências para combater a criminalidade e a insegurança.
De Imperatriz, os promotores de justiça Uiuara de Melo Medeiros, Joaquim Ribeiro de Souza Junior e Francisco Teomário Serejo pediram à procuradora-geral que recomende o envio imediato de tropas da Força Nacional de Segurança para a região. Outro pedido é o envio de notificação aos policiais grevistas para que recolham aos respectivos quartéis as armas da corporação militar.
Em Timon, o clima de instabilidade é o mesmo. Por isso, os promotores de justiça Antônio Borges Nunes Júnior e Giovanni Papini Cavalcanti Moreira informam que mais de 200 policiais estão sem trabalhar, deixando as ruas e a população da cidade absolutamente desprotegidas.
“A situação é extremamente grave e a população está em completa insegurança”, enfatizam os promotores de Timon. No documento enviado à chefe do MPMA, os promotores acentuam que muitos outros municípios também estão em situação muito grave, a exemplo de Matões e Parnarama, que não dispõem de nenhum efetivo policial para dar segurança à população.
O coronel Zanoni Porto se comprometeu a reforçar o efetivo nas duas regiões, enquanto durar a paralisação, e enviar policiais do Grupo Tático Aéreo (GTA) para Timon. O comandante da PM também reivindicou que o MPMA apure, com rigor, todas as condutas irregulares e os crimes cometidos pelos policiais durante o movimento de paralisação. (Johelton Gomes / CCOM-MPMA)
Publicado em Justiça na Edição Nº 14972
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