Advogado Erivelton Lago em entrevista à Rádio Timbira sobre redução de homicídios no sistema prisional

Durante entrevista ao programa Contraponto da Nova 1290 Timbira, nessa segunda-feira (20), o presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas no Maranhão (Abracrim), Erivelton Lago, destacou a importância das medidas tomadas pelo Governo do Estado para a redução de casos de homicídios dentro do sistema prisional maranhense.
“O Governo tem que ser imparcial, ele tem que cuidar das pessoas que estão pagando pelos seus erros. E é dando condições para ressocialização, abrindo vagas, oferecendo condições mais humanas para os apenados que o Estado evita e diminui esses casos dentro das unidades”, afirmou o advogado durante a entrevista.

Na semana passada, o Maranhão registrou mais um período de um ano sem homicídios, no Complexo Penitenciário de São Luís. Desta vez, a marca compreende não apenas as unidades prisionais situadas no bairro Pedrinhas, onde até 2014 prevaleciam as rebeliões, mas todas as 41 unidades carcerárias do estado.
“Eu visito as unidades e percebo uma diferença muito grande. A superlotação vem diminuindo, hoje já conseguimos identificar quem é agente, quem é interno”, diz o advogado, que também destaca os investimentos feitos fora do sistema prisional.
“O Governo tem dado condições para que as famílias dos internos tenham condições de não ir para o lado do crime. Qual o preso não vai querer que os seus filhos tenham boas condições de estudar? Isso precisa ser reconhecido. A assistência tem sido tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro do sistema prisional”, completou Erivelton.

Histórico

O primeiro intervalo sem homicídios no Complexo de Pedrinhas foi registrado entre maio de 2015 e agosto de 2016, totalizando 15 meses sem ocorrências dessa natureza dentro das celas maranhenses. O feito tirou o Maranhão do topo do ranking que mede a taxa de violência nos presídios do país, colocando o estado em último lugar. Depois dele, foram registradas quatro ocorrências, sendo que nenhuma delas foi no complexo, nem por conflitos entre facções criminosas.