Carlos Avelar, coordenador do CAOp Proad, disse que programa pode combater gestores ímprobos
Procuradora de justiça Themis Carvalho afirmou que MP pode dar respostas às expectativas da sociedade

Na data em que se comemora o Dia Internacional Contra a Corrupção - 9 de dezembro -, o Ministério Público do Maranhão lançou o programa institucional "Ministério Público contra a corrupção e a sonegação fiscal".
A assinatura do Ato 495/2016 pelo procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, na manhã desta sexta-feira, foi acompanhada por procuradores e promotores de justiça que integram a Comissão de Prevenção à Corrupção, responsável pela implementação e execução do programa.
Na solenidade, o procurador-geral afirmou que o objetivo principal da iniciativa é dar maior eficácia à prevenção e ao combate a atos de improbidade administrativa e delitos contra a ordem tributária e econômica.
O procurador de justiça Carlos Avelar, coordenador da comissão e do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, afirmou que o programa é um instrumento importante para combater gestores ímprobos e que chega num momento adequado, haja vista a situação de crise por que passa o país, diante dos inúmeros casos de corrupção que atingem políticos de vários partidos.
Também integrante da Comissão de Prevenção à Corrupção, a procuradora de justiça Themis Pacheco de Carvalho elogiou a ideia do programa e disse acreditar que o Ministério Público possa dar as respostas que a sociedade brasileira espera, no que se refere aos atos de improbidade dos gestores públicos.
Entre as ações previstas do programa "Ministério Público contra a corrupção e a sonegação fiscal", estão a implementação dos projetos previstos no planejamento estratégico do MPMA; atuação junto a estudantes da educação básica e do ensino superior, no âmbito do subprograma Viver sem Corrupção, para atuarem como multiplicadores do programa; e apoiar as atividades dos Conselhos Municipais e Estaduais de Políticas Públicas, reforçando o controle social.
De acordo com o artigo 4º, serão incorporados os programas institucionais "O Ministério Público na Defesa do Patrimônio Público", "O Ministério Público na Defesa da Transparência - município transparente, garantia de acesso à informação" e "Contas na Mão" (sobre transparência fiscal).

Ações ajuizadas
Como medidas concretas de combate à corrupção, em 2016, a Procuradoria Geral de Justiça ajuizou 38 denúncias contra prefeitos maranhenses por atos de improbidade administrativa. Foram denunciados também três promotores de justiça e oito deputados estaduais. Todos são gestores que detêm foro privilegiado.
Somente após a criação da Assessoria Especial de Investigação, em junho deste ano, foram efetivadas 359 notícias de fatos, 39 procedimentos investigatórios criminais, quatro inquéritos civis,17 ações penais e duas ações de improbidade. (José Luís Diniz / CCOM-MPMA)