O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) instaurou procedimento administrativo para investigar a situação das residências estudantis da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e na tarde-noite dessa terça-feira (03) se reuniu com os estudantes. Também participaram da reunião o defensor público federal Yuri Costa, o deputado Birá do Pindaré, da comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão, e Felipe Camarão, representando a Procuradoria da Ufma.
Apesar da proposta do reitor de implementar uma residência estudantil dentro do campus ter sido apresentada, os estudantes questionam o fato de que ainda será realizada a escolha do local e todos os procedimentos licitatórios para dar início às obras. Os estudantes afirmam que já há um prédio pronto dento do campus destinado a essa finalidade.
O procurador da República Alexandre Soares coordenou a reunião, destacando que o papel do MPF é de intermediador diante da situação. “Nossa atuação não deve, de forma alguma, suprimir o diálogo direto entre os estudantes e a instituição Ufma”, afirmou.
Durante a reunião, Felipe Camarão apresentou as propostas da Ufma para a situação, e, após discussão entre os presentes, algumas medidas foram propostas, porém não houve acordo. Pelas propostas apresentadas, a Ufma se comprometeria a implantar residência universitária no campus do Bacanga (São Luís) e um sistema de inscrição para moradia estudantil, com inscrições abertas durante todo o ano e, também, a manter os serviços de conservação do local, em caráter permanente.
Ainda pela proposta, a universidade também deveria se manifestar no prazo de 10 dias sobre a possibilidade de destinar à residência universitária o prédio localizado no campus Bacanga, que nos últimos dias tem sido local de protestos. Para isso, deveria obter manifestação do Ministério da Educação (MEC) e da Procuradoria da Ufma, realizando uma vistoria com a participação dos estudantes interessados e de engenheiro civil, a fim de apresentar os custos necessários à adaptação do imóvel para moradia, também não houve acordo para essa proposta. (Ascom/MPF)