O subprocurador geral de Justiça, José Omar de Almeida Júnior, apresentou uma denúncia contra o deputado estadual Rocha Miranda (PMDB) por posse irregular de arma de fogo. Previsto no artigo 24º da Lei 10.826 de 2003, o crime pode render como pena a detenção de um a três anos, além de multa.
A denúncia narra que Rocha Miranda foi indiciado por posse irregular de 24 cartuchos e arma de fogo de uso por ocasião do cumprimento do mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal no âmbito da operação Full House, deflagrada em novembro do ano passado.
De acordo com José Omar, em depoimento à Polícia Federal o deputado contou que a arma pertencia ao seu pai e que desde seu falecimento, 1979, está com em sua posse. Rocha Miranda contou ainda que o revólver foi reformado em Goiânia e que não conhece Idalício Luiz da Costa, nome que consta no registro do objeto.
"Comete crime de posse ilegal de arma de fogo o agente que é surpreendido pela Polícia Federal quando mantinha, no interior de sua residência, arma de fogo e munições, de uso permitido, mas sem o devido registro", anotou o subprocurador geral de Justiça na denúncia.
A reportagem tentou entrar em contato com o deputado estadual Rocha Miranda e também com sua assessoria, mas não obteve sucesso. O espaço está aberto para qualquer manifestação ou esclarecimento.
Full House
Deflagrada em novembro do ano passado, a Operação Full House teve como objetivo apurar crimes de fraude em licitações e desvios de recursos públicos federais na contratação de 11 obras em Araguatins, no norte do Estado.
Conforme a Polícia Federal, o crime aconteceria mediante a utilização de empresas de pessoas ligadas por relações de parentesco ou amizade durante a gestão de Rocha Miranda como prefeito, e perpetrada na gestão de seu sucessor e atual prefeito, Lindomar Madalena (PSB).
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