Para discutir a possibilidade de realização de shows no estacionamento do Shopping Imperial, o Ministério Público do Maranhão promoveu, na terça-feira, 4, uma reunião na sede das Promotorias de Justiça de Imperatriz.
Coordenada pelo titular da 3ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Imperatriz, Jadilson Cirqueira, participaram representantes do shopping, produtores de eventos e a população circunvizinha ao estabelecimento, além de membros da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Polícia Militar e OAB.
Desde o ano de 2015, o Shopping Imperial está sem realizar shows por conta de uma Recomendação do Ministério Público do Maranhão, que recebeu denúncias de vizinhos que reclamavam do excesso de ruído sonoro proveniente dos eventos durante a madrugada.
No documento, a 3ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Imperatriz orientou a abstenção de quaisquer shows e eventos musicais no local, sob pena de o estabelecimento ser acionado judicialmente nas esferas cível e criminal.
Na reunião desta terça, os moradores da região voltaram a reclamar do barulho produzido pelos espetáculos de médio e grande porte promovidos no shopping. Segundo relatos, não somente o som incomoda, mas a vibração causada pelas ondas sonoras.
Representantes do shopping e produtores de eventos defenderam a realização de shows e eventos culturais no estabelecimento por ser um local de fácil acesso para a população.
PROJETO TÉCNICO
Após as discussões, ficou acertado que o shopping apresentará um projeto técnico para análise do Ministério Público do Maranhão e da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para a realização dos espetáculos. Após a análise de toda a documentação, será decidido sobre a viabilidade, inclusive com a possibilidade de realização de um show-teste.
"Os shows precisarão ter acústica, um engenheiro de som com o responsável técnico, qualidade do som, além de medições durante os eventos para evitar a produção de poluição sonora para as casas dos vizinhos ao shopping, ficando certo que, se o projeto não preencher os requisitos legais, não haverá a liberação do espaço", esclareceu o promotor Jadilson Cirqueira. (Iane Carolina / CCOM-MPMA)
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