ABr / Lourenço Canuto
Brasília-DF - O processo administrativo aberto na Controladoria-Geral da União (CGU) para investigar Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, “será feito com o cuidado e a eficiência necessária, dando à acusada o direito de defesa que toda pessoa deve ter, dentro da democracia”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Para o ministro, o atual governo e o anterior colocaram em prática as leis contra a corrupção, “mesmo que isso doa na nossa própria carne, porque, na realidade atual, nada fica mais embaixo do tapete”. Segundo ele, “as instituições têm apoio para funcionar doa a quem doer, porque o governo tem coragem de fazer as coisas de forma clara e transparente”.
A decisão da Casa Civil da Presidência da República, que aprovou na segunda-feira (28) o relatório final da Comissão de Sindicância Investigativa criada para tratar do assunto e encaminhou os resultados à CGU, “é um fato natural”, dada a vinculação da ex-funcionária com um órgão da Presidência, destacou o ministro, em entrevista no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, onde participou do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas.
“Acho que a democracia é isto: hoje o Brasil pune mais que antes, o que não significa que a corrupção tenha aumentado”, destacou Carvalho. Ele relembrou pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o qual, “quem não quer ser investigado que não erre”.
Em episódios como o que envolveu a ex-assessora, investigada pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal, iniciada em novembro do ano passado, é natural, segundo Gilberto Carvalho, “que todas as esferas que têm responsabilidade em uma questão cumpram seu papel, promovendo uma investigação”.
Comentários