Escolas do Maranhão passam a contar com estrutura adequada após investimentos do governo
Ruan Pires, de 16 anos, conta como a experiência da educação profissionalizante faz toda a diferença em sua vida

Educação formal aliada ao ensino técnico profissionalizante e em tempo integral. Uma realidade para milhares de estudantes maranhenses, que podem concluir o ensino médio e, ao mesmo tempo, se preparar para o mercado de trabalho. A oportunidade foi possível a partir da criação do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).
A instituição do Iema na gestão Flávio Dino resgata a formação profissional nesta importante fase do estudo. Já são três Unidades Plenas: São Luís, Bacabeira e Pindaré-Mirim, além de diversas Unidades Vocacionais, que oferecem ensino profissionalizante em oficinas. Para este ano, mais de 10 mil vagas foram disponibilizadas para novos alunos.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Jhonatan Almada, pontua que o maior impacto do programa é a oferta de educação profissional tecnológica. Em sua avaliação, o instituto é a resposta do Governo às demandas por esta modalidade de educação, que eram muitas. “O Iema possui um modelo pedagógico inovador onde o estudante constrói com o professor o cronograma e no qual a oferta se alinha à demanda social e econômica”, analisou.
A primeira unidade do instituto entrou em funcionamento na capital, no antigo prédio do colégio Marista, no Centro. A estrutura foi totalmente reformada e adaptada para atender à demanda da educação em tempo integral. Somado a esta, estão em atividade mais duas Unidades Plenas em Pindaré-Mirim e Bacabeira. Ainda as bases vocacionais no Estaleiro Escola, Anjo da Guarda, com capacitação em logística portuária; duas na Praia Grande – que formam Técnico Cultural e Cinema; e uma em Carolina, oferecendo formação em Turismo.
Jhonatan Almada ressalta que em apenas seis meses de atividade o projeto Iema é o divisor de águas na educação maranhense. Como exemplo, citou a unidade de Pindaré-Mirim que vai sediar um torneio de robótica; e a aprovação de professores das unidades em editais técnico-científicos. Em investimentos, é o maior já feito na Educação, diz ele, alcançando R$ 242 milhões para construção e reforma de unidades, além da aquisição de equipamentos.
As escolas da rede estadual atuam como unidades de transmissão das aulas por meio da Plataforma de Ensino à Distância. O Iema promove, ainda, ações itinerantes como palestras, seminários e intercâmbios culturais e científicos, levando a educação técnica a todo o Maranhão. “É um projeto inovador, que estimula o professor e instiga o protagonismo juvenil. O projeto que a gestão deseja para o futuro passa pelo Iema”, analisou. 
Em agosto serão inauguradas unidades em Açailândia, Codó, Carolina, Imperatriz, Caxias, Pedreiras, Bequimão e Barra do Corda. Está em construção uma unidade no município de Ribeirãozinho e a iniciar no próximo ano nas cidades de Timon, Coroatá, Cururupu, São José de Ribamar e Axixá. O cronograma prevê a construção de mais 20 Iemas até 2018.

Formação

A experiência da educação profissionalizante fez toda a diferença para o jovem Ruan Pires, de 16 anos. Cursando o último ano do ensino médio no Iema São Luís, Ruan optou pela formação em Programação de Computador. Na expectativa da conclusão dos estudos, ele já se prepara para fazer uso deste aprendizado. “O curso está sendo muito proveitoso, mais do que eu esperava. É uma área que eu já gostava e essa formação no período do estudo facilita muito. Para nós, jovens, é um ganho muito valioso”, disse.
Para o estudante do Iema Bacabeira, Kawê Gaspar, as experiências realizadas no instituto transformaram a forma de educar e são muito mais atraentes aos jovens. “A gente tem a chance de inovar para aprender. Nossa escola desenvolve vários projetos e todos se envolvem. É a vivência escolar ampliada com as chances de formação e as possibilidades de estudo”, avaliou o jovem.
A professora Yelva de Jesus Rocha, que integra a equipe do Iema São Luís, avaliou como um projeto promissor e de grande alcance para a formação dos jovens. “Acreditamos que será uma grande escola por apresentar uma proposta de educação de qualidade em um ambiente escolar com uma boa infraestrutura. Isso reflete no bom desempenho dos professores e no melhor aprendizado do aluno”, disse.
O instituto disponibiliza mais de 20 cursos técnicos distribuídos em suas unidades. Estão no cronograma auxiliar administrativo, logística, meio ambiente, mineração, recursos pesqueiros, serviços jurídicos, eventos, agropecuária, agricultor familiar, cabeleireiro assistente, auxiliar em eletroeletrônica de manutenção, ajudante de pedreiro, empreendedorismo, programador de web e atendimento ao turista. 

Reforma de escolas

Outra frente de atuação do Estado para elevar a qualidade da educação no Maranhão é o grande projeto de reestruturação da rede física escolar. Em São Luís, 92 escolas já passaram por manutenção, desde julho do ano passado. Outras nove unidades precisaram ser totalmente reconstruídas, beneficiando 6.290 alunos. 
“Sem uma estrutura de qualidade é impossível ter um quadro atrativo aos alunos e professores. Estamos modificando uma triste realidade que a educação do Maranhão enfrentava”, explicou o governador Flávio Dino.
O secretário de Estado de Educação (Seduc), Felipe Camarão, pontuou o alcance do programa com a reforma das unidades. “O objetivo desse programa é alcançar uma educação mais digna, que começa por uma estrutura adequada para o aprendizado. O governo está substituindo escolas de taipa por construções de alvenaria, reformando prédios e garantindo qualidade do ensino”, ressaltou.