Para somar às reflexões em torno do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio (13 de novembro), o Governo do Estado promove uma série de atividades, em campanha que começa no próximo dia 20 e prossegue até 6 de dezembro.
"Há um firme compromisso da gestão em promover políticas afirmativas. São ferramentas de combate à violência doméstica, protegendo a mulher, na garantia do cumprimento das leis em vigor", avalia a secretária de Estado da Mulher (SEMU), Terezinha Fernandes.
A campanha tem como tema central 'A violência contra a mulher deixa muitas marcas, o feminicídio é a pior delas'. Na programação, debates, palestras, serviços e apresentação das ações de Governo.
Políticas públicas
No cumprimento da Lei do Feminicídio, a gestão implantou o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) para orientar profissionais da segurança pública e justiça, a fim de garantir punição adequada aos autores e reparação às vítimas e familiares.
Além da SEMU, polícias Civil e Militar e secretarias de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) compõem o grupo, que também é formado por Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Justiça do Estado (TJMA) e Defensoria Pública, além da sociedade civil.
Entre os dias 10 e 13 deste mês, a SEMU promoveu a I Semana de Combate ao Feminicídio com o tema 'Quem silencia, dá voz à violência'. Na programação, apresentação de dança, oficina de defesa pessoal, caminhada, ato-show e audiência na Assembleia Legislativa com presença de familiares e amigos de vítimas do feminicídio.
Saúde
Na área de saúde, a SEMU presta atendimento especializado por meio da Carreta da Mulher, que percorre todo o Maranhão com consultas de clínica geral, teste de glicemia, mamografia, preventivo, aferição de pressão arterial, testes rápidos de HIV sífilis, de hepatites B e C e palestras sobre a Lei Maria da Penha.
O Departamento de Atenção à Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), coordena os atendimentos a este público e interage com os demais órgãos estaduais.
Segurança
Reforçando as políticas de proteção à mulher, o Governo do Estado criou a Coordenadoria das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Codevim) e o Departamento de Feminicídio.
As instituições integram a estrutura da SSP-MA e foram criadas em 8 de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
O foco é reunir estatísticas, qualificar o atendimento à mulher vítima de violência, dar suporte às Delegacias da Mulher no estado e intermediar processos junto aos demais órgãos da segurança.
"O objetivo de toda esta estrutura é melhorar e qualificar o atendimento à mulher, para que cada vez mais ela se sinta acolhida e seja atendida adequadamente", diz a titular da Codevim, delegada Kazumi Tanaka.
Também formam a estrutura de atendimento as Delegacias da Mulher na capital e regionais distribuídas em municípios do interior do estado.
Legislação
A Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015) sancionada pela então presidente Dilma Rousseff define feminicídio como assassinato de mulheres fruto de violência doméstica ou discriminação de gênero.
A norma altera o Código Penal brasileiro e torna o assassinato de mulheres um crime hediondo, estabelecendo penas mais rígidas que podem chegar até 30 anos de prisão.
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