Encontram-se no IML de Imperatriz, desde fevereiro de 2011, os restos mortais dos trabalhadores Gilberto Ribeiro Lima e Vanderlei Ferreira Meireles, assassinados em 13 junho de 2008 numa fazenda em Centro Novo do Maranhão, no meio da Reserva Biológica do Gurupi.
Depois de quase três anos, os corpos foram encontrados e desde fevereiro de 2011 aguardam no IML de Imperatriz um exame de DNA, que não pode ser feito no Maranhão. O Centro de Defesa Carmen Bascarán vem há quase dois anos solicitando que a justiça autorize a liberação de recurso financeiro e de material genético para o exame, que será realizado em Goiânia.
O crime
Gilberto e Vanderlei foram assassinados na fazenda Boa Esperança, de Adelson Veras Araújo. As informações apontam que os dois trabalhadores foram cobrar recebimentos de diárias trabalhadas que havia tempos não recebiam. O resultado foi o assassinato dos dois.
A denúncia chegou ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB) pelos familiares das vítimas em agosto de 2008 e logo o Centro encaminhou para a justiça. Adelson somente foi preso depois que a denúncia foi veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, em janeiro de 2011. Logo depois, outros envolvidos foram presos.
Também foi diligenciado pelo CDVDH-CB, junto à Comarca de Maracaçumé/MA, em fevereiro do mesmo ano, para que fosse realizado o exame de DNA nos restos mortais dos trabalhadores. Desde então, estes se encontram no IML de Imperatriz aguardando reconhecimento de DNA para serem liberados para que as famílias possam fazer o seu ritual de sepultamento.
O juiz da comarca de Maracaçumé, em março de 2012, expediu ofício ao diretor do Instituto Médico Legal de Imperatriz solicitando a realização do exame de DNA nos restos mortais das vítimas Gilberto e Vanderlei, que se encontram naquele Instituto para que sejam cientificamente identificados para fins de comprovação do crime cometido.
Em 18 de fevereiro de 2013, o MPE, em resposta ao pedido feito pelo CDVDH/CB dentro do processo, manifestou-se pela imediata realização do exame de DNA nas ossadas. E em 19 de fevereiro de 2013, o juiz da Comarca de Maracaçumé expediu despacho determinando que a secretaria judicial daquela Comarca certifique se houve resposta ao ofício enviado ao IML de Imperatriz ainda em março de 2012.
Os acusados
Outro ponto importante dentro desse processo judicial é o fato de que, até o presente momento, nunca foi apresentada a resposta à acusação em favor dos acusados Raimundo Alves Silva e João Cardoso da Silva Filho, por ausência de defensores dativos e/ou defensores públicos estaduais para atuar no caso. Esse fator prejudica sobremaneira o processo, pois impede o seu andamento regular. (Informações: Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos - Açailândia)
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