O trabalho artesanal confeccionado por detentas da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Açailândia foi exibido, no Fórum de Justiça da cidade, durante a I Exposição ‘Mãos de Fada’, realizada no Dia Internacional da Mulher. A iniciativa fortalece as ações de ressocialização de mulheres apenadas, medida executada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Entre as peças em exposição estavam redes, tapetes, roupas de bonecas, crochês. Ao todo foram exibidos 29 trabalhos. Durante a exposição elas confeccionaram, diante do público, alguns objetos como, por exemplo, lixeiras para carros. Puderam apreciar os trabalhos das custodiadas autoridades locais, tais como juízes, promotores, defensores públicos, advogados e a população em geral.
A exposição, que ocorreu no período da manhã, teve como objetivo fomentar as ações de reintegração social voltadas às internas e, além disso, serviu para que elas conseguissem uma renda, dinheiro que foi repassado aos familiares como forma de ajudar nas despesas de casa. A iniciativa foi coordenada pela Secretaria Adjunta de Atendimento e Humanização Penitenciária (SAAHP), por meio da Supervisão de Trabalho e Renda.
Uma das organizadoras do evento, a psicóloga da UPR de Açailândia, Tamara Rocha, contou que a exposição foi resultado do trabalho conjunto do Estado com o poder judiciário e o Ministério Público.“Tudo isso só foi possível por causa da parceria que a Seap mantém com o juiz criminal André Martins e com a promotora Sandra Garcia. Juntos, realmente, somos mais fortes”, disse a psicóloga.
Após o término da Exposição, as internas voltaram à unidade prisional onde participaram, ainda, de um momento de vivência motivacional e oficina de maquiagem, na qual elas aprenderam como preparar a pele para receber o produto, receberam instruções sobre os diferentes pinceis e seu uso e outras dicas de como fazer uma boa maquiagem.
O projeto
O projeto “Mãos de Fada” está presente em todas as 5 unidades prisionais que possuem mulheres presas. Além de Açailândia, as UPRs Femininas de São Luís, Balsas, Davinópolis e Timon também custeiam mulheres. No Hospital Nina Rodrigue (HNR), na capital, que atende pacientes em situação de reclusão e em cumprimento de medida terapêutica, três internas participam assiduamente do projeto.
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