O juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (CGJ-MA), Gladiston Cutrim, e o juiz Fernando Mendonça (2ª Vara de Execuções Penais) se reuniram com gestores da Cooperativa de Trabalho e Serviços do Maranhão (COOTRASEMA), para apresentação do trabalho da entidade, que se propõe a proporcionar aos encarcerados e egressos do sistema prisional e aos seus familiares, trabalho e formação geral, como meio de reinserção profissional e social, por meio do cooperativismo.
Durante a reunião, os gestores da cooperativa fizeram uma apresentação do plano de negócios da entidade, que tem como meta "estabelecer negócios cooperativados, estruturados, participativos e sustentáveis, adaptados ao perfil do usuário". E do seu projeto pedagógico, baseado na metodologia do educador Paulo Freire, na valorização da religiosidade, com apoio de consultores, visando à "reeducação e o protagonismo dos cooperativados".
Em troca da participação efetiva do egresso nas atividades, a entidade se propõe a oferecer geração de renda com o fomento de diversos negócios na área de serviços e produtos, atividades de promoção do desenvolvimento pessoal, educativo, cultural, atendimento psicológico e cursos de formação profissional do beneficiário.
PARCERIA - O gestor André Barreto propôs parceria institucional com o Poder Judiciário, por meio da Corregedoria Geral da Justiça e da UMF - Unidade de Monitoramento, Acompanhamento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Estado. E discutiu com os magistrados alternativas para levar a proposta da COOTRASEMA à discussão com os demais operadores do sistema de Justiça.
"Somos uma empresa, com uma proposta nova, não assistencialista, com o objetivo de desenvolvimento de atividades de geração de renda para os egressos do sistema prisional, por meio do sistema de cooperativa, e buscamos parcerias institucionais para implementação desse projeto", ressaltou o gestor.
Para o juiz Gladiston Cutrim, a proposta da Cootrasema é interessante, por reunir todas as condições almejadas pela Justiça Criminal no apoio à ressocialização dos apenados do sistema carcerário. O juiz Fernando Mendonça, da 2ª VEP, acredita que, se bem desenvolvidas, as atividades propostas pela cooperativa vão auxiliar o trabalho de ressocialização já realizado pelo Judiciário e contribuir para evitar a reincidência do egresso no crime e para reduzir a criminalidade na sociedade.
O trabalho da entidade conta com o apoio de um Grupo Focal, formado por cerca de 30 egressos do sistema penitenciário, que definem, com os consultores da cooperativa, as melhores opções de negócios e estratégias comerciais para propiciar trabalho e geração de renda para os cooperativados.
Segundo o egresso Francisco de Assis Ribeiro, que participou da reunião, "a reinserção social, por meio da valorização do trabalho, como o da cooperativa, oferece ao egresso condições dignas para dar prosseguimento a uma vida honrosa, com extensão à sua família, amigos e à sociedade".
Também participaram da reunião Ariston Apoliano, coordenador da UMF/TJ; Fabrício Cotrim, coordenador de Medidas Cautelares e Execução Criminal da CGJ-MA; Marlon Aguiar, diretor executivo da OCB/MA (Organização das Cooperativas Brasileiras); José Amaro Nogueira (Casa de Francisco de Assis); Ana Lúcia Araújo (Programa Começar de Novo); Gilberto Leda Carvalho (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo); Cleiginaldo Barros e Ilene Rubim (Assembleia de Deus Missão). (Helena Barbosa - Asscom / CGJ)
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