A Comissão Permanente de Segurança Institucional (CPSI) do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) encaminhou circulares para magistrados e servidores do Poder Judiciário estadual, alertando ter detectado uma crescente ocorrência de perfis falsos (fakes) em contas de celulares de integrantes de ambas as categorias, vítimas de tentativas de novo golpe virtual.
Além das circulares, a Comissão de Segurança também divulgou uma lista com uma série de medidas preventivas a serem tomadas, a fim de reduzir riscos e vulnerabilidades à concretização de golpes dessa natureza, considerando as constantes notícias em meios de comunicação e vários boletins de ocorrências registrados recentemente, devido à prática do novo golpe virtual por meio do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp no estado.
A Confirmação em duas etapas é um recurso opcional que funciona como uma camada extra de segurança para a conta do usuário. Com a confirmação em duas etapas ativada, é preciso digitar o PIN de seis dígitos todas as vezes que quiser confirmar seu número no WhatsApp.
O presidente da CPSI, desembargador Raimundo Barros, explica que o alerta é uma medida preventiva necessária, em razão de relatos de que muitos celulares de magistrados e servidores têm sofrido ataques de hackers, com tentativas de fraudes.
"Essa ideia partiu do nosso setor de inteligência, exatamente como um alerta e como medida de prevenção", conta o desembargador.
DINHEIRO
Nas orientações enviadas pelo desembargador Raimundo Barros a magistrados e servidores, o presidente da Comissão de Segurança Institucional narra que, pelo modo comumente utilizado, o criminoso cria uma conta falsa com foto da vítima e envia mensagens aos contatos dela, alegando uma suposta emergência, na qual necessita de envio de dinheiro para conta de terceiro.
A Comissão de Segurança Institucional do TJMA sugere cautela ao receber mensagens com este teor. Orienta magistrados e servidores a alertarem familiares sobre o novo golpe, nunca depositar valores solicitados por meio de mensagens e, caso alguém encontre um perfil suspeito, denunciar ao suporte do próprio aplicativo de mensagens e formular, em seguida, boletim de ocorrência, conforme orienta o alerta de segurança.
O desembargador Raimundo Barros diz que a Comissão conta com a difusão da cultura de segurança institucional para prevenir magistrados e servidores das situações de risco. Também pede que todos repassem a informação aos servidores e colaboradores de sua unidade judicial, diretoria, coordenação e/ou respectivas divisões.
Barros também destaca a importância de a possível vítima entrar em contato com a Comissão para denunciar o fato, assim que perceber qualquer tentativa de fraude.
"Quanto mais rápido o servidor ou magistrado entrar em contato, nós teremos uma solução mais eficiente e mais breve, porque eles (os criminosos) tentam convencer emocionalmente. Então, quanto mais rápido entrar em contato com o serviço de segurança e com a nossa comissão ou com o serviço de inteligência da comissão, muito melhor", ressalta o desembargador Raimundo Barros.
CAPITAL E INTERIOR
O diretor de Segurança Institucional, coronel Alexandre Magno de Sousa, disse que existem casos relatados por magistrados e servidores da capital e do interior.
O alerta divulgado pela Comissão Permanente de Segurança Institucional também relata que, nas clonagens de perfis de WhatsApp, há uma nova modalidade em que o "modus operandi" se dá sem a usurpação da verdadeira conta da vítima, apenas pela simulação do perfil do aplicativo, criação de conta fake, vinculando o terminal telefônico diverso.
Na ação seguinte é criado outro perfil de WhatsApp, sendo colocada uma foto da vítima, geralmente retirada do próprio perfil do aplicativo ou de postagens em redes sociais, em que são enviadas mensagens para familiares e amigos, contatos de sua agenda, solicitando transferências de valores monetários para conta de terceiros.
VERSÃO ANTIGA
A nota explica que, de acordo com especialistas de segurança cibernética, estes dados, tais como listas de contatos telefônicos das vítimas alvos do golpe, podem ser obtidos por meio de captura de informações de pessoas que utilizaram uma versão antiga do aplicativo Zoom, que ainda não possuía uma importante atualização de segurança, tornando os dados do usuário vulneráveis a ações hostis. Lembra que este aplicativo passou a ser muito utilizado em videoconferências durante o período da pandemia.
Dentre as medidas preventivas a serem adotadas estão a de nunca compartilhar o código de seis dígitos do WhatsApp, enviado via SMS, com terceiros, pois assim os criminosos não terão acesso à conta; e redefinir a configuração para confirmação em duas etapas, um recurso opcional fornecido pelo aplicativo, funcionando como uma camada extra de segurança da conta.
CONTATOS
Os contatos da Comissão de Segurança Institucional do TJMA, para quem desconfiar de estar sendo ou ter sido vítima de uma tentativa do novo golpe virtual são: o email dirseguranca@tjma.jus.br e os telefones (98) 3261-6188 (geral) e (98) 98403-5579 (Oficial DSIGM - Plantão). (Comunicação Social do TJMA)
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