A 2ª Vara da Família de Açailândia promoveu, na manhã desta terça-feira, 17, a caminhada "Acreditamos na vida", que percorreu as principais ruas do centro da cidade, saindo da Praça do Pioneiro. Cerca de mil pessoas participaram da caminhada, que faz parte das ações alusivas ao "setembro amarelo" - mês de prevenção ao suicídio
A caminhada foi idealizada pela juíza Clecia Pereira Monteiro (2ª Vara da Família), em parceria com a Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Maranhão, secretarias municipais de saúde, educação e assistência social e apoio da Ministério Público; Defensoria Pública; subseção da OAB (presidente Daniel Galvão); Departamento Municipal de Trânsito (DMT) e de empresas privadas locais, que contribuíram na confecção das camisetas e faixas utilizadas na divulgação da campanha.
Participaram da caminhada os juízes Danilo Berttove Herculano Dias (respondendo pela 1ª vara cível); Aureliano Coelho Ferreira (2ª vara cível); Frederico Feitosa de Oliveira (2ª vara criminal) e Pedro Guimarães Júnior (Juizado Especial Cível e Criminal).
A ação foi motivada pelo aumento do número de suicídios, tentativas de suicídio e de automutilação entre jovens da cidade e teve como objetivo chamar a atenção dos moradores da comarca e dos representantes do poder público municipal para essa questão.
Os problemas relacionados à saúde mental decorrentes de vários fatores dentre os jovens foram constatados pelos comissários de Justiça da comarca durante a execução do Projeto "Você conhece o ECA?", realizado com estudantes das escolas estaduais e municipais da área de abrangência da comarca.
META - Segundo informações do Organização Pan-Amerciana de Saúde (OPAS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é reduzir 10% dos óbitos por suicídio até 2020. No Brasil, o CVV - Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente às pessoas que precisam conversar sobre o assunto, sob sigilo, por telefone (Disque 188) e chat disponível 24 horas, todos os dias.
Durante a caminhada, a juíza agradeceu a colaboração de todos os parceiros e daqueles que participaram da ação, enfatizando a importância da união da sociedade civil com o Poder Público para mudar a realidade expressa nas estatísticas sobre o suicídio.
"O Poder Judiciário é parceiro da sociedade civil, buscando cumprir, também, com sua função social perante àqueles, pois, é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente", disse a magistrada. (Helena Barbosa - Asscom CGJ)
Publicado em Justiça na Edição Nº 16467
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