No aniversário de 50 anos do início da ditadura militar, a organização não governamental (ONG) Anistia Internacional lançou ontem (1º) uma campanha para reunir assinaturas em uma petição pela revisão da Lei da Anistia, para que sejam punidos crimes de agentes do Estado cometidos no período. A ONG fez um ato na Cinelândia, no centro do Rio, onde escudos militares foram expostos simbolizando momentos de desrespeito aos direitos humanos, como a morte do deputado federal Rubens Paiva e do estudante Edson Luís, ambos vítimas dos militares.
“É importante que a sociedade brasileira mande uma mensagem muito clara de que a gente não admite mais o que aconteceu no passado e que isso não pode continuar a acontecer no presente. Precisamos fechar a transição democrática”, disse o diretor executivo da ONG no Brasil, Átila Roque: “O aniversário de 50 anos do golpe é uma oportunidade para chamar a atenção para a importância de virar a página da impunidade. “Costumamos dizer que sem justiça não há paz. Então, de certa maneira, o fato de não termos completado o ciclo de justiça dos crimes do Estado favorece que esses crimes sejam cometidos em vários níveis”.
A intenção da ONG é enviar a petição com as assinaturas à presidenta Dilma Rousseff e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mais eventos serão realizados em outros estados para colher signatários, mas quem estiver interessado no projeto também pode participar via internet, nos próximos 50 dias. (Agência Brasil)
Publicado em Justiça na Edição Nº 14969
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