Em entrevista na manhã dessa terça-feira, 9 de julho, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, afirmou que se os municípios fossem da iniciativa privada já estariam em falência. “Os municípios estão em condição pré-falimentar. A Marcha vem com demandas importantes e questões emergenciais para amenizar a crise nos municípios”, admite.
Entre as reivindicações dos gestores municipais estão as mudanças no Pacto Federativo, o encontro de contas em relação à Previdência Social da União com os Municípios e o aumento de 2% no porcentual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“A situação é séria, podemos ver isso até na participação dos gestores. Está é a Marcha com maior número de inscritos”, afirma.
Ziulkoski lembra que a população saiu às ruas para pedir por mudanças nas primeiras semanas de julho e isso também será cobrado dos prefeitos. “Os municípios têm que ter condições para atender ao povo. O governo deve dar um retorno para a população que está pedindo por mudanças, o povo está na rua”, explica.

Médicos
A abertura da Marcha vai contar com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que deve falar sobre a polêmica contratação de médicos estrangeiros pelo governo para sanar a falta de profissionais em Municípios carentes. Sobre o assunto, Ziulkoski afirmou que é preciso escutar a proposta antes de criticar e adianta: “Oferecer saúde para população não é só oferecer médico. O médico gera demanda, cerca de 7% têm que dar sequência com exames, e muitos têm que ser hospitalizados, é necessária uma rede de atendimento”, esclarece.
O presidente ainda destaca que os municípios gastam mais de 22% com Saúde, quando deveriam gastar 15% e o governo gasta somente 5%.
A programação da Marcha segue até dia 11 de julho com uma série de debates e discussões importantes sobre a pauta municipalista. (Agência CNM)