Acesso ao crédito com pouca burocracia, parcelamento em até 10X sem juros, prazo de até 40 dias para pagar a fatura, efetuar o pagamento dessa fatura dentro das lojas e não apenas em bancos e correspondentes bancários, possibilidade de compra em vários estabelecimentos comerciais do Brasil, estas são algumas das vantagens oferecidas por redes varejistas que, no lugar de aceitarem o cartão de crédito convencional como forma de pagamento, optaram por oferecer seus próprios cartões, conhecidos por co-brandeds, para fidelizarem e aumentar o número de clientes.
A alternativa encontrada pelos varejistas ao oferecer o “dinheiro de plástico” que leva o nome da empresa e tem bandeiras conhecidas no mundo todo, como a Visa e Mastercard, e financeiras com os principais bancos do país tem uma explicação: é preciso ter o diferencial no mercado para concorrer com os cartões de crédito convencionais, que ainda representam um bom percentual nas vendas de estabelecimentos como supermercados e lojas de diversos segmentos. O cartão de marca própria é também uma forma da empresa mostrar credibilidade no mercado, já que há nessa operação um grande banco atuando como parceiro.
Os cartões próprios viraram uma espécie de mania no varejo brasileiro, além do co-branded, onde o cliente tem a oportunidade de comprar internamente e fora da empresa responsável pela oferta do cartão, ainda existe o private label, que é aceito apenas dentro da rede varejista que o emite. Os dois tipos de cartões próprios permitem que as empresas gerem mais resultados por meio da oferta de produtos e serviços por conta de programas de relacionamentos. A base desses cartões confere ao varejista conhecer melhor os hábitos e comportamentos de consumo para fazer ofertas e promoções mais adequadas. Um bom exemplo é que o cartão de marca própria proporciona ao cliente a vantagem de parcelar em até 10 vezes sem juros a compra de um material escolar no início do ano, período em que o brasileiro está preocupado com gastos como IPVA, IPTU e as dívidas adquiridas no final do ano anterior, enquanto o cartão convencional, no máximo, parcela a compra em 3 vezes sem juros.
Gerente executivo de cartão de marca própria do Grupo Mateus, Evandro Paixão, afirma que a participação do cartão criado pela empresa, em parceria com o banco Bradesco, o MateusCard, é pujante. “Em menos de três anos atingimos uma base de 200 mil clientes nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins, regiões onde temos lojas de varejo e atacado. A meta do Grupo Mateus é, até o final de 2014, ampliar a base para 250 mil clientes, número extremamente expressivo”, declara o executivo. Ele acrescenta que o cliente consome 50% do seu limite dentro das lojas do grupo e os outros 50% em estabelecimentos de outros segmentos, como postos de combustíveis, farmácias e etc. Desta forma, o cliente pode utilizar o benefício do cartão para atender outras necessidades fora do supermercado, trazendo conveniência e praticidade para o seu dia-a-dia.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os cartões co-branded e private label devem atingir juntos a marca de R$ 293 bilhões em 2022. Até lá, o número de transações deverá passar dos 3 bilhões. Hoje, o segmento - que teve crescimento médio de 17% nos últimos cinco anos - representa 12% do faturamento total da indústria de cartões de crédito. Segundo a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), o mercado de cartões de crédito, até o final deste ano, deve crescer 17% no Brasil, atingindo R$ 1 trilhão. Essa projeção de crescimento é baseada em um forte aumento observado anteriormente: em 2013, o mercado cresceu quase 18% e as transações totalizaram R$ 853 bilhões. Desse total, R$ 553 bilhões corresponderam a operações de cartão de crédito e o restante a transações com cartão de débito. (Assessoria de Imprensa)