Sensores ao lado dos trilhos da EFC captam informações sobre os rodeiros dos vagões

A Vale inaugurou hoje, 10/1, um Centro de Inteligência Artificial (AI Center) onde serão desenvolvidas e monitoradas as iniciativas dessa ciência em todas as unidades da empresa no mundo. No AI Center, instalado em Vitória (ES), atuam cerca de 50 profissionais, incluindo cientistas, engenheiros de dados e especialistas de negócios. Os projetos que já foram entregues geraram uma economia de mais de R$ 74 milhões por ano e há previsão de se obter mais R$ 136 milhões de benefício com outras iniciativas em andamento. Entre os trabalhos de maior impacto, estão os projetos desenvolvidos na Estrada de Ferro Carajás, voltados a melhorar a segurança e eficiência da ferrovia

O uso da Inteligência Artificial na Vale
 De forma geral, a Inteligência Artificial pode ser entendida como a habilidade de máquinas de simular o processo de tomada de decisão dos humanos e de executar tarefas complexas como nós fazemos. Ela está presente em sistemas muito diferentes, como os utilizados para recomendar sites de compras ou nos carros autônomos. Nos projetos realizados pela Vale, milhões de dados são coletados e analisados com a ajuda de sistemas de Inteligência Artificial e partir disso, são gerados insights que ajudam a prever problemas e influenciam a tomada de decisões.
 Os benefícios são obtidos com a otimização da manutenção de ativos, melhoria na gestão dos processos nas usinas, no aperfeiçoamento de controles ambientais, de saúde e segurança e de integridade corporativa. Na Estrada de Ferro Carajás, destacam-se as iniciativas voltadas à prevenção de falhas nos trilhos e manutenção de rodeiros dos vagões. Saiba mais:
 Prevenção de fratura nos trilhos - Um dos projetos de maior impacto do AI Center da Vale está sendo desenvolvido na EFC e tem foco de prevenção de fraturas nos trilhos. A partir dos dados gerados pelas ferrovias, encontrou-se uma solução que identifica se há uma ou mais fraturas em um determinado trecho da via. Além do aumento da segurança operacional, há o benefício do tempo em que a ferrovia deixa de ser paralisada em virtude da fratura de trilhos.
 Manutenção de rodeiros de trem - Um conjunto de sensores instalados ao lado da ferrovia - os waysides - monitoram desgastes e impacto dos rodeiros (conjunto de rodas e eixo dos trens), temperatura e ruído de rolamentos e deslocamentos de truque (uma peça importante do vagão). Cruzando os dados gerados por esses sensores com informações de outros sistemas, foram criados modelos matemáticos que permitem à equipe de manutenção uma visão do comportamento dos rodeiros para os 30 dias seguintes. Com base nessas informações, a equipe consegue planejar a compra e manutenção dos ativos de forma a estender sua vida útil. Em um ano o programa gerou economia de R$ 2,3 milhões -  cerca de dez vezes o valor investido na sua execução.
Atualmente, as equipes da Vale trabalham em 13 linhas de projetos, executados em conjunto com as diferentes áreas de negócio: ferrosos, metais básicos, carvão e áreas corporativas.
 “A Inteligência Artificial tem potencial de gerar valor para todas as áreas de negócio da Vale”, afirma o diretor de Transformação Digital, Afzal Jessa. “É mais um importante passo no programa de transformação digital que estamos implantando, que tem o objetivo de aumentar a produtividade e a eficiência operacional, alcançar os melhores índices de saúde e segurança, melhorar nossa performance financeira e impulsionar a inovação.”
 Com o programa de transformação digital, a expectativa é que a Vale obtenha ganhos em todas as áreas de negócio e, especificamente no minério de ferro, reduza o custo de produção em US$ 0,50/t até 2023.