O Ministério da Saúde ampliou o Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2014 com a introdução da vacina hepatite A. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está repassando para as regionais de saúde e, até o final deste mês, todos os municípios maranhenses disponibilizarão a vacina, que possibilitará a prevenção, controle e eliminação dessa doença no grupo alvo da vacinação.
A vacina estará permanentemente disponível, em todas as salas de vacina da rede pública do Estado, para as crianças de 12 meses até menores de 2 anos (1 ano, 11 meses e 29 dias). “A vacina Hepatite A é injetável, inativada, purificada, altamente eficaz e de baixa reatogenicidade e é ministrada via intramuscular, com esquema da dose única”, explica a coordenadora de Imunização da SES, Maria Helena Almeida.
Perto de 100% das pessoas desenvolvem níveis protetores de anticorpos contra o vírus no prazo de um mês após a ministração de uma única dose. Apesar da existência da vacina, a prevenção desta doença viral continua a ser a arma mais importante para seu controle, pois não existem medicamentos antivirais específicos contra a doença.
A hepatite A é doença habitualmente benigna na infância e de incidência frequente e precoce nas populações de baixa renda que vivem em más condições de saneamento básico. Entretanto, em regiões que apresentam melhores condições de saneamento, estudos têm demonstrado que a incidência se desloca para faixas etárias mais altas (adolescentes, adultos e idosos), nos quais a infecção é frequentemente sintomática e eventualmente grave.
Contágio
A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato interhumano ou por meio de água e alimentos contaminados. Contribui para a transmissão a estabilidade do vírus no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados. A disseminação está relacionada com a infraestrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene praticadas.
Não há nenhum tratamento específico para a hepatite A. A recuperação dos sintomas após a infecção pode ser lenta e demorar várias semanas ou meses. A terapia visa à manutenção de conforto e equilíbrio nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos que são perdidos com vômitos e diarreia, portanto a prevenção é a medida mais importante para seu controle, como a vacinação.
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