Reunião para definir fluxo de medicamento de tuberculose

Discutir soluções para o alto percentual de abandono de tratamento da tuberculose e o número de crianças com a doença no Maranhão foi o principal objetivo da Reunião Técnica para Definição de Fluxo de Medicamento de Tuberculose realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde. O evento, que se estende até hoje (29), está sendo realizado no auditório Wellinton Mendes, no bairro Apeadouro, em São Luís.
Além de gestores das Unidades Regionais de Saúde (URS), participam desta reunião técnicos dos programas municipais da tuberculose da Região Metropolitana (São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar) e dos hospitais de referência, como o Hospital Universitário Materno Infantil e o Hospital Getúlio Vargas.
Na reunião está sendo apresentada a situação da tuberculose por Unidade Regional, além de discutida a assistência farmacêutica e o tratamento da doença no estado, entre outros assuntos.
Dados apresentados pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose mostram que no ano de 2011 foram notificados 2.412 casos em todo o Maranhão, sendo que os dez municípios com maior número de casos: São Luís, São José de Ribamar, Caxias, Timon, Santa Inês, Codó, Pinheiro e Paço do Lumiar.
Nos pacientes menores de dez anos de idade a notificação foi de 57 casos entre os anos de 2007 a 2011, sendo que 12 destes foram notificados na Região Metropolitana. Esses dados mostram que a doença ainda é uma preocupação das autoridades estaduais. “O desafio é a melhoria dos indicadores desse agravo, e para isso é necessário o esforço conjunto de gestão para a o controle dessa doença”, disse o técnico da SES, Genildo Cardoso.
Na reunião, também, está sendo discutida a redistribuição dos medicamentos da rede de saúde para tratamento dos pacientes acometidos pela tuberculose, e será apresentado pela SES um novo formulário de dispensação de medicamentos, o que irá facilitar e simplificar o trabalho dos profissionais, com a formalização de um rede integrada de referência e contra-referência.

Saiba mais
Na tuberculose os sinais e sintomas mais frequentes são tosse seca contínua no início e com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se em uma tosse com pus ou sangue. Há ainda cansaço excessivo, febre baixa geralmente no período da tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
Alguns pacientes, entretanto, não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, ignorados durante alguns meses ou mesmo anos.
A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, além de idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.
Para prevenir a doença é necessário imunizar crianças de até 4 anos – sobretudo as menores de 1 ano – com a vacina BCG. A prevenção inclui ainda evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados. (Waldirene Oliveira)