São Luís - Numa iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectec), foi apresentado ao chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, um projeto de uso de fibras óticas, que tem como objetivo interligar o Maranhão por meio de rede de infovia (linhas digitais que trafegam dados das redes eletrônicas) de alta velocidade. Entre os benefícios, está a inclusão digital nas áreas mais carentes e a educação à distância.
Depois de analisar o projeto, o Governo do Maranhão deverá assinar um convênio com as Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), que dará apoio na cessão de parte da fibra ótica existente, em toda extensão da linha de transmissão da empresa que corta do estado. Outras secretarias do estado também se tornarão parceiras no acordo, conduzido pela Sectec.
A proposta da Sectec representa um conjunto de recursos da rede de infovia da Eletronorte, que será utilizado para interligar, conectar, processar, controlar, compatibilizar as transmissões de informações e disponibilizar serviços em meio eletrônico, com o objetivo de propiciar a aproximação entre o estado e cidadão.
“Um projeto que vai favorecer muito a população, porque dará agilidade nas ações do estado nas áreas de educação, da saúde, da segurança pública, entre outras. Enfim, vamos nos empenhar para que este sistema seja implantado o mais rápido possível no Maranhão”, disse o chefe da Casa Civil, Luis Fernando.
A reunião que aconteceu no início da semana, no Palácio dos Leões, contou ainda com a presença dos secretários de Estado, Maurício Macedo (Indústria e Comércio), Aluísio Mendes (Segurança Pública) e Olgão Simão (Sectec), do superintendente da Eletronorte, Edmilson Irineu Carneiro; e dos secretários adjuntos da Sectec, Osvaldo Saavedra (Ciência e Tecnologia) e José Torres (Univima) e de técnicos da Eletronorte e do estado.
Educação
Conforme explicou a secretária Olga Simão, por intermédio da infovia vários serviços serão beneficiados como a telemedicina, videoconferências internas no estado e, principalmente, a inclusão digital de baixo custo. “Uma equipe da Eletronorte virá até o final do mês, a fim de elaborar, junto com técnicos da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a projeto de implementação e posterior assinatura do convênio, que muito irá ajudar na educação à distância, só para citar um exemplo, pois as vantagens do uso da fibra ótica são inúmeras”, completou.
O superintendente institucional regional da Eletronorte, Edmilson Carneiro, o convênio de cooperação técnica visa incrementar também as comunicações de informática no estado do Maranhão, mediante o compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações sobre fibras ópticas da Eletronorte, que possibilitará ainda a interligação entre os principais órgãos do Estado.
“Queremos compartilhar com o governo do estado a fibra ótica que se encontra ociosa, possibilitando internet mais ágil de alta velocidade que poderá ser utilizado por toda estrutura do governo”, afirmou Edmilson Carneiro.
A rede de infovia do governo poderá inclusive impulsionar o programa de implantação de um sistema de videomonitoramento de vias públicas da Grande São Luís com a instalação de 100 câmeras de segurança em pontos estratégicos da cidade, que contarão com tecnologia HDTV, que propicia uma qualidade de imagem excelente, semelhante ao que se vê na televisão.
O convênio entre o Governo do Maranhão com a Eletronorte, que está sendo conduzido pelo Sectec, possibilitará uma conexão à internet com velocidade superior ao padrão das linhas telefônicas convencionais (56 Kbps - kilobits por segundo), o que permitirá transmitir dados com muito mais rapidez e manter o usuário permanentemente conectado à web.
O que é fibra ótica
Uma fibra ótica é composta de material dielétrico (sílica ou plástico), com uma longa estrutura cilíndrica transparente e flexível, podendo ser microscópicas (comparáveis a um fio de cabelo). A estrutura cilíndrica básica da fibra óptica é formada por uma região central chamada de núcleo, envolta por uma camada também de material dielétrico chamado casca.
Para realizar a transmissão de dados em uma fibra ótica, é preciso utilizar equipamentos especiais que contenham um fotoemissor, ou seja, um aparelho que possa transformar sinais elétricos em pulsos de luz. Assim os pulsos de luz passam a representarem valores digitais binários correspondentes aos dados. (Marcelo Sirkis)
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