São Luís - Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Maranhão retornam às suas atividades na segunda-feira (27). A decisão foi apoiada, por unanimidade, pelos presentes em assembleia realizada ontem, no hall do prédio Castelão. A reunião foi realizada para reiterar a aceitação da proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o retorno das atividades. Durante o encontro, foi divulgada a minuta com a proposta aceita por 42 instituições.
A greve deste ano, diferentemente das anteriores, foi bastante satisfatória. Inicialmente, o Governo propôs que a categoria tivesse apenas 15% de reajuste no vencimento, a partir de 2013. Não satisfeita, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras elaborou uma contraproposta (Fasubra) que, por sua vez, conseguiu negociar com o Governo o aumento do step, que pulou de 3.6 para 3.7, em 2014; e de 3.7 para 3.8, em 2015.
Igualmente, a categoria conseguiu um aumento nos percentuais de capacitação e qualificação, de modo que as classes A, B e C, que seriam os graduados, especializados, mestres e doutores, terão um aumento de 25%, 30%, 52% e 75%, respectivamente. Além do mais, será mantida a paridade entre o servidor ativo e o aposentado. De acordo com presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de 3º Grau no Estado do Maranhão (Sintema), Antônio Mariano Azevedo, “durante esses sete anos, a classe tentou negociar, sem sucesso, o aperfeiçoamento da carreira. Assim, os sindicatos e as associações locais e nacionais se empenharam na luta pelas questões diretas da carreira, sobretudo os percentuais de capacitação, qualificação e o reposicionamento dos aposentados”.
O presidente do Sintema destacou também que, na UFMA, foi unânime a aceitação das propostas do Governo e que, a partir daí, a categoria continuará sempre a implementar lutas permanentes e diárias junto ao Governo. Por fim, mencionou que a categoria reconhece ser a greve algo difícil para todos, mas tal realização é necessária, justamente para que o Governo passe a valorizar o servidor público, uma classe que tem sido desvalorizada e desprestigiada.