Com o objetivo de capacitar profissionais voltados para prestação de atenção de saúde, integral e humanizada à mulher em situação de violência, o Departamento de Atenção à Saúde da Mulher (Dasm) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realiza desde essa quinta-feira (26), um treinamento direcionado a técnicos e profissionais de saúde que trabalham no atendimento direto e indireto às mulheres, idosos, crianças e adolescentes nos municípios do interior do estado. O evento, que será encerrado nesta sexta (27), acontece em São Luís e é realizado em parceria com a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Sanitária/Divisão de Doenças e Agravos Não Transmissíveis.
Participam das discussões e treinamento, profissionais de saúde de São Luís, Santa Inês, Itapecuru Mirim, Barra do Corda, Turilândia, Codó, Chapadinha, Pedreiras, Timom, Presidente Dutra, S. José de Ribamar, Zé Doca, Açailândia, e Rosário. Também participam representantes de diversas entidades que atuam na defesa dos direitos e integridade das mulheres que foram convidados a contribuir com o evento como explanadores e palestrantes.
Segundo a chefe do Dams, Ana Maria Nogueira Silva, o evento habilitará profissionais para atuar junto a mulheres nesta situação, dando suporte básico de conhecimento teórico relativo à violência e a sua abordagem.
“O que nós estamos levantando aqui é a postura e o perfil do profissional responsável pela atenção à mulher em situação de violência e as principais diretrizes nacionais e internacionais de abordagem e enfrentamento deste tipo de violência. Estamos repassando a eles a visão de atores importantes deste enfrentamento do ponto de vista legal dos órgãos de defesa pública e proteção, e, também, da própria mulher a ser atendida mediante a contribuição de associações e entidades de luta aqui presentes”, explica Ana Maria.
Para o defensor público Audi de Araújo Mello, da Promotoria da Mulher, a importância do evento está em demonstrar aos participantes os identificadores destes problemas e orientá-los sobre passos a serem seguidos por quem se encontra em situações de risco e agravos. Ele também salienta que há uma rede de ajuda que precisa ser divulgada e é responsável pelo apoio oferecido, seja ele jurídico, moral, físico ou psicológico.
“Existe uma série de serviços que podem e devem ser procurados por essas mulheres. Em eventos como este é importante que elas descubram como podem interagir, dando condições e apoio necessário a uma reabilitação fisiológica, psicológica e reintegração social”, diz Araújo Mello.
Após uma série de debates, painéis e explanações sobre temas como racismo e sexismo institucional como determinantes da saúde à mulher em situação de violência; trabalho e renda para as mulheres; Política Nacional de Humanização e Atendimento à Mulher; violência na assistência obstétrica e na assistência ao abortamento; notificação de violência e o atendimento da rede de atenção, entre outros, o evento termina nesta sexta-feira com a intenção de construção de plano de trabalho que indique atividades para serem realizadas por municípios e regionais, visando melhorar e intensificar o atendimento e assistência em saúde a mulheres.
Publicado em Geral na Edição Nº 14816
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