Treinamento Integrado em Vigilância Epidemiológica promovido pela SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde, está realizando o Treinamento Integrado em Vigilância Epidemiológica e Laboratório das Doenças Exantemáticas e Paralisias Flácidas Agudas (PFA). O evento iniciado terça-feira (1º) ocorre em São Luís nas dependências do Hotel Praia Mar até esta quinta-feira (3).
“O treinamento tem como objetivo capacitar e sensibilizar profissionais dos serviços de saúde da Região Metropolitana de São Luís sobre a importância da vigilância e estabelecer parcerias para manter eliminadas no Maranhão as doenças exantemáticas: sarampo, rubéola, a síndrome da rubéola congênita (SRC), e as paralisias flácidas agudas (PFA).
Segundo a chefe do Departamento de Epidemiologia da Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde/SES, Léa Márcia da Costa, a escolha dos profissionais da região metropolitana (formada pelos municípios de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara) para receberem o treinamento tem relação com os registros de maiores índices de paralisias flácidas no estado.
“Essa capacitação visa chamar a atenção dos profissionais para as condutas a serem adotadas, para os cuidados na vigilância, impondo barreiras à circulação viral, a questão da vigilância de acondicionamento e uso da vacina, bem como a manutenção dos índices e cobertura vacinal sobre as populações prioritárias e vulneráveis. Queremos despertar ainda o compromisso com o  monitoramento e obtenção de diagnóstico por  meio de procedimentos corretos e adequados para obtenção de confirmação e resultados”, explica.
Para abordagem de todos estes pontos, a programação do treinamento disponibilizará aos participantes pontuações práticas, painéis de discussões e palestras ministradas por profissionais da SES e do Ministério da Saúde (MS). Entre os palestrantes Zirley Maria Matos, coordenadora nacional da Vigilância Epidemiológica das Paralisias Flácidas Agudas do MS, e Fabiano Marques Rosa, gerente da Unidade Técnica das Doenças Respiratórias e Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, que inaugurou o ciclo de palestras com o tema “Situação epidemiológica do sarampo no mundo, Brasil e Maranhão”.
Outro ponto abordado por Fabiano Rosa na abertura e durante o treinamento é o fluxo de pessoas entre estados, circulação e transmissão de vírus de uma região para outra, bem como a vigilância e a manutenção das barreiras sanitárias. “Estamos preocupados com este aspecto e por isso traçando estratégias a serem desenvolvidas principalmente para o período da copa, onde mesmo em lugares que não serão sedes dos jogos o fluxo e circulação de pessoas de dentro e fora do país se elevará consideravelmente”, informou.
Este tipo de situação que envolve instalação de barreiras e medidas emergenciais, de acordo com Léa Márcia, vem sendo priorizada pelo estado sempre que surgem eventos como, por exemplo, os casos de sarampo registrados no Ceará e no Pernambuco que levaram o Maranhão a tomar precauções mesmo tendo erradicado a doença dentro de seus limites há 14 anos.
“Sempre que surgem eventos que requerem cuidados, como foi o caso do sarampo nesses estados do Pernambuco e do Ceará, ou mesmo como o óbito recente de uma paciente por Gripe A (H1N1) que encontrava-se internada em hospital particular da capital, por precaução iniciamos uma série de medidas de atenção para acompanhar de perto estes eventos, investigar os casos, dar uma resposta e tranquilizar a população”, conta Léa Márcia. (Walber Oliveira - Secom)