Os estudantes conhecem ações desenvolvidas pelos diversos setores da Seduc

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) apresentou, nessa quarta-feira (18), a 19 gestores das Unidades Regionais de Educação (UREs) as ações desenvolvidas para a efetivação do Sistema Integrado de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação das Escolas (Siama). O encontro foi realizado no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, paralelamente às discussões realizadas em plenária do segundo dia da Conferência Maranhense de Educação (Comae 2013).
Presentes, o secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes; a gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna, Rita de Cássia Paulon; os secretários-adjuntos das regionais de Educação, Tadeu Lima, de Ensino, Leuzinete Pereira e de Projetos Especiais, Conceição Andrade; os 19 gestores das Unidades Regionais de Educação (UREs), além de técnicos e superintendentes e supervisores de ensino.
O secretário Pedro Fernandes destacou a importância da parceria do Instituto Ayrton Senna na construção desse novo momento da educação do estado. “Gostaria de ressaltar publicamente a importância do IAS à implementação de um novo modelo de gestão educacional, focado na melhoria da aprendizagem. É uma parceria que tem e mostrado muito positiva para a educação do estado”, ressaltou.
Segundo a coordenadora de projetos do IAS, Rita de Cássia Paulon, o Siama tem como referência a experiência da metodologia aplicada pelo Instituto Ayrton Senna, desenvolvida por meio do Programa Gestão Nota 10, alinhada às metas projetadas no projeto de cooperação técnica firmado entre a Seduc, MEC e Pnud. “Essa integração a partir da implantação do sistema, que tem como base o Programa Gestão Nota 10, faz com que o trabalho deixe de ser um programa e passe a figurar uma das áreas das atividades regulares da secretaria”, disse.
A secretária-adjunta de Ensino, Leuzinete Pereira, detalhou para os técnicos e gestores o Siama e buscou ouvir dúvidas e questionamentos sobre a utilização do sistema. Neste primeiro momento foram apresentadas as linhas gerais do programa, cuja proposta é implantar o novo sistema nas escolas da educação básica. Segundo ela, com o sistema, serão avaliados os aspectos físicos, recursos humanos, gestão e aprendizagem.
O Siema foi criado a partir de um instrumento elaborado pelos técnicos das secretarias-adjuntas de Ensino (SAE) e de Projetos Especiais (Sape), em parceria com o Instituto Ayrton Senna (IAS).
Finalizando a reunião, a gestora da URE de Açailândia, Maísa Vieira, apresentou aos presentes o modelo de formação continuada do Siama, que foi realizado com os gestores escolares e técnicos da unidade regional. Ela mostrou dinâmicas realizadas e compartilhou as experiências com os demais gestores. “A formação continuada possibilita melhores práticas e demonstra a constante valorização dos profissionais”, finalizou.

Educação e Diversidade
No segundo dia de debates da Comae, o destaque foi a palestra sobre o tema “Educação e Diversidade - justiça social, inclusão social e direitos humanos”, ministrada pela representante do Ministério da Educação, Ilma Fátima de Jesus, que ressaltou a importância da diversidade na educação como um tema amplo e que não é abordado com profundidade nas escolas. Segundo ela, o debate faz um contraponto porque no Brasil as desigualdades precisam ser eliminadas, principalmente pela divida histórica que o país tem com as minorias.
De acordo com Ilma Fátima de Jesus, que é coordenadora geral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade de Políticas de Educação do MEC, o debate sobre o tema leva a inclusão social com uma perspectiva mais ampla.
Durante os debates coordenados pela presidenta da Associação de Pais de Alunos do Maranhão (Aprama), Maria Vitória Bouças, a representante do MEC frisou que a inclusão social leva as crianças a conviver no ambiente escola com pessoas das mais variadas origens étnicas e raciais. “Precisamos trabalhar para que a inclusão seja um fato concreto e de respeito aos direitos humano, a fim de que o tema não seja apenas verbalizado”, disse.
Ilma Fátima salienta que tratar sobre as diversidades na Comae é uma questão oportuna para trabalhar com políticas públicas que eliminem a discriminação e o preconceito racional manifestado pelo racismo no ambiente escolar e as diversas formas de preconceito.
No eixo “Educação e Diversidade” foram discutidas por uma plateia composta por centenas de delegados das diversas unidades regionais de educação da Seduc, ações afirmativas que se tornaram realidade, deixando evidente que o Brasil possui uma dívida histórica com a população afrodescendente.
Ela citou ainda a lei de cotas que possibilita o ingresso de estudantes indígenas e negros, oriundos de escolas públicas, que por muito tempo ficaram ausentes do ambiente do ensino superior. “Eles tinham que competir com estudantes de escolas particulares renomadas”, ressaltou.
A coordenadora geral do MEC avalia que o nível dos estudantes cotistas melhorou sensivelmente de rendimento e derrubou o mito de que as presenças de negros e indígenas nas universidades federais diminuiria a qualidade do ensino superior.
Sobre o debate, ela destacou que representa uma contribuição valiosa da Comae para definir as diretrizes para a Conferencia Nacional de Educação, que ocorrerá em fevereiro de 2014, em Brasília, trabalhando de forma articulada em regime de colaboração entre União, Estado e municípios para que a educação elimine as desigualdades históricas.