Secretária Olga Simão destacou participação das universidades

São Luís - O Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), vai investir, por meio de edital, cerca de R$ 20 milhões no financiamento de projetos de pesquisa que contribuam para a erradicação da pobreza extrema no Estado. Os detalhes do edital “Projetos Estratégicos para o Maranhão” foram apresentados, nessa terça-feira (6), pela secretária de Estado de Ciência e Tecnológica (Sectec), Olga Simão, e pela diretora da Fapema, Rosane Guerra, a coordenadores de programas de pós-graduação do Maranhão e pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, que serão parceiros do governo na buscar desse objetivo.
A reunião, que contou ainda com a participação dos secretários, Francisco Gomes (Desenvolvimento Social) e Alberto Franco (Planejamento Estratégico), foi realizada no Palácio Henrique de La Rocque. “O governo entende que é de extrema importância a participação da academia, porque só com a ciência, tecnologia e inovação é que vamos conseguir realmente dar sustentabilidade aos projetos quer estão sendo implementados ou que já estão em andamento, principalmente para esse programa de combate à pobreza extrema”, destacou a secretária Olga Simão.
“Esta é a primeira reunião de uma aproximação maior com a academia para poder se trabalhar os projetos em um modelo de pesquisa aplicada, de laboratórios vivos, no qual a academia vai estar próxima da comunidade, de quem precisar ser trabalhado, orientado e levando a inovação e a tecnologia para as comunidades”, completou a secretária.
A diretora presidente da Fapema afirmou que a reunião permitiu fazer uma explanação acerca dos indicadores do Maranhão: “O que nós somos e o que queremos que o Maranhão seja e o que pode ser feito para contribuir para que ele atinja as metas almejadas. A pesquisa tem um papel importante na promoção do desenvolvimento do estado, no combate à pobreza, daí o governo estar investindo cada vez mais nesta área”, disse Rosane Guerra.
A chamada do governo para o apoio dos pesquisadores maranhenses nesse projeto foi atendida prontamente pela academia. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, da Ufma, Fernando Carvalho, disse que os programas estratégicos que visam melhorar o Estado sãode suma importância para todos. “A Ufma, com a Sectec e Fapema, vai trabalhar para desenvolver projetos que estão dentro desse programa”, garantiu.
O pró-reitor Pesquisa e Pós-Graduação, Porfírio Guerra, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), também confirmou o compromisso dos pesquisadores da instituição em contribuir com o governo na busca da erradicação da pobreza extrema no Maranhão. “A universidade, por meio dos pesquisadores, tem um papel muito importante e de muita responsabilidade na orientação dos trabalhos de pesquisa e de extensão a contribuir para diminuição desses índices”, observou.

Inclusão produtiva
Os projetos que serão financiados por meio do edital “Projetos Estratégicos para o Maranhão” estão concatenados com diretrizes do Governo Federal. As ações de combate à pobreza que estão sendo definidas pelo governo do Maranhão serão pactuadas às já existentes no Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). O principal eixo a ser contemplado é o de inclusão produtiva.
O secretário Alberto Franco, que coordena o projeto de combate a pobreza extrema do governo, disse que a integração de cientistas e pesquisadores nesse projeto, na elaboração de editais, irá refletir na mudança da produção do estado agregando a ciência e a tecnologia em todas as áreas. “Tenho certeza que muito em breve vamos colher os frutos desse trabalho”, destacou. Alberto Franco adiantou que a primeira etapa do Programa Maranhão sem Miséria, que consiste na captação de recursos para o combate a pobreza extrema no estado, estará pronto até julho.
Segundo informou o secretário Francisco Gomes, o Projeto de Erradicação da Pobreza Extrema no Estado, elaborado com o apoio de técnicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, já tem definido quatro linhas de atuação: agricultura familiar, pesca, carcinicultura e preparação técnica e profissional aos jovens maranhenses. “Precisamos nos voltar para o combate à pobreza extrema. Este ano, o governo vai investir R$ 250 milhões na inclusão produtiva”, disse o secretário.