São Luís - Neste período de festa carnavalesca, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta a população para evitar o risco da transmissão das hepatites virais no Maranhão – por serem consideradas um grande problema de saúde pública em todo o país.
As hepatites virais, doenças provocadas por diferentes vírus, é um problema preocupante para a saúde pública em virtude do número de casos e das complicações resultantes das formas mais agudas da infecção. A doença ocorre quando um vírus (A, B, C, D ou E) causa inflamação e infecção do fígado.
A transmissão da hepatite A ocorre por meio da ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de pessoas infectadas. A prevenção passa por tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos, adoção de hábitos de higiene pessoal, como lavar as mãos antes das refeições, e saneamento básico.
No caso da hepatite B e C, a transmissão se dá por meio do sangue, contato sexual desprotegido, compartilhamento de objetos de uso pessoal (escova de dente, lâmina de barbear, alicate de unha, etc.), de uso de drogas (seringa, etc.). A prevenção pode ser feita por meio de vacinação contra hepatite B (disponível no SUS), uso de imunoglobulina humana antivírus da hepatite B (também disponível no SUS), uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde, não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e escovas de dente, assim como de seringas e agulhas para uso de drogas. Como a hepatite B pode ser adquirida também por ato sexual, o uso de preservativos é indispensável na prevenção desta doença.
A coordenadora do Programa Estadual das Hepatites Virais da SES, Joseneide Vitória Matos Silva, recomenda a adoção de cuidados específicos para evitar a transmissão da doença, inclusive no Carnaval. “É necessário adotar um comportamento seguro, evitar compartilhar seringas e as relações sexuais só com preservativo”, alertou.
Incidência - Os municípios de maior incidência para as hepatites B e C, segundo a SES, são Balsas, Caxias, Imperatriz e São Luís. No momento, existem 134 pacientes em tratamentos de hepatite B e 64 de hepatite C em todo o estado.
Os vírus A, B, C, D e E causam a hepatite viral aguda, porém os vírus B, C e D podem cronificar, ou seja, permanecer pelo resto da vida no organismo. A cronificação pode causar cirrose, câncer de fígado e insuficiência hepática (funcionamento precário do fígado). Entre os principais sintomas estão: cansaço, fadiga, dor abdominal, urina escura (colúria), fezes esbranquiçadas (hipocolia fecal) e febre.
O Maranhão possui um Centro de Referência para o tratamento dos portadores das Hepatites B e C que é o Núcleo do Fígado (Hospital Universitário) e um Polo de Dispensação e Aplicação dos medicamentos específicos para o tratamento, a Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme), localizada na Praia Grande, ao lado do Viva do Cidadão, em São Luís. (Andréa Gonçalves)
Publicado em Geral na Edição Nº 14333
Comentários