A Secretaria de Estado da Saúde (SES) apresentou nessa quinta-feira (9) aos municípios participantes do projeto de combate a Hanseníase (INTEGRAHANS - MAPA TOPI - Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí) os resultados da análise do quadro da Hanseníase no Maranhão. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), apoiada pelo Ministério da Saúde (MS), e foi realizado ao longo de dois anos e meio e apontou várias adaptações para o combate a doença no estado.
O projeto surgiu em 2008, através de uma proposta feita por um grupo de pesquisadores ligados à UFC, como ferramenta para estudar os aspectos epidemiológicos, clínicos, psicossociais e operacionais. Esses aspectos são determinantes para os elevados coeficientes de detecção da doença no Maranhão, Pará Tocantins e Piauí (os quatro estados que integram o MAPA TOPI - primeira das 10 áreas mapeadas pelo ministério como as regiões de maior incidência de casos no país).
Apesar de integrar uma das 10 áreas mapeadas pelo MS, como de maior incidência no Brasil, o Maranhão vem apresentado diminuição gradativa do número de casos, segundo informações do chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Léa Márcia Melo Costa.
“Nós temos uma notificação de cerca de 3700 a 3800 novos casos descobertos a cada ano, isso demonstra ainda um número muito elevado no estado. No entanto, devido a um trabalho de base voltado a informação e combate direto a doença junto aos pacientes, com detecção e tratamento, conseguimos reduzir anualmente entre 50 a 100 casos, mudando um quadro que apresentava uma média de 5000 novos casos por ano”, afirmou Léa Márcia.
No Maranhão, além de São Luís, que contribuiu com fornecimento de dados epidemiológicos, os municípios de Santa Inês, Caxias, Bacabal, Codó, São José de Ribamar e Santa Luzia participaram como objetos de observação da pesquisa. Segundo a coordenadora da análise no estado e enfermeira da UFC, Jaqueline Caracas Barbosa, em cada localidade o estudo apontou diferentes soluções e pontos de intensificação de combate.
“Tanto nos aspectos sociais quanto no operacional, a pesquisa teve vários focos de investigação que indicaram para o tratamento, prevenção e diagnose precoce uma série de recomendações que nós estamos levando ao conhecimento destes municípios e do Estado, para que estas sejam implantadas visando contribuir no combate hanseníase”, justificou Jaqueline Barbosa. (Walber Oliveira)
Publicado em Geral na Edição Nº 14475
Comentários