A greve dos profissionais em educação da rede estadual de ensino foi o tema de debates na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (23). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do MA (Sinproesemma) decretou greve geral nos dias 23, 24 e 25 de abril, atendendo a agenda nacional de lutas.
O Sinproesemma decretou a greve por tempo indeterminado após sucessivas assembleias convocadas pelo Sindicato e realizadas entre os dias 3 e 9 de abril em todo o estado.
De acordo com a direção do Sinproesemma, a greve prosseguirá até que seja aprovada, na Assembleia Legislativa, a proposta de ESTATUTO DO EDUCADOR, construída, debatida e negociada em reuniões entre o Sindicato e o governo do Estado.
Além do ESTATUTO, os educadores têm uma pauta de reivindicações que inclui a correção do Piso, efetivação de progressões, promoções e titulações, nomeação de excedentes e realização de concurso público.
Segundo o deputado Bira do Pindaré (PT) a greve remete a acordos que não foram cumpridos pelo governo do Estado na última greve em 2011. O petista lembrou a promessa da Governadora na campanha de 2010 quando ela prometeu uma revolução na educação.
O Estado do Maranhão possui os piores indicadores sociais do Brasil, as dificuldades são inúmeras, o ENEM revela a cada ano as piores notas são dos estudantes maranhenses. "A governadora disse que ia fazer uma revolução na educação, e até agora o que a gente viu? Apenas chibata nas costas dos professores e professoras", protestou Bira.
O deputado Bira apresentou em tribuna o caderno de pauta de reivindicações dos educadores: Estatuto do Educador Negociado e Consensuado, incluindo professores, especialistas e funcionários de escola; Imediata efetivação de 25 mil progressões, 1.500 promoções e 1.500 titulações; Eleição direta para diretor de escola; Correção do Piso Salarial aplicado linearmente na Nova Tabela Salarial; Ampliação do ProFuncionário; Gratificação de 30% para quem concluiu o ProFuncionário; Cumprimento integral da jornada extraclasse de 1/3; Nomeação dos excedentes do concurso de 2009; Realização de concurso público amplo com vagas suficientes para contemplar a necessidade de professores, especialistas e funcionários de escola; Equiparação salarial entre efetivos e contratados; Melhores condições de trabalho.
Imperatriz
Em Imperatriz os professores da rede municipal participam de uma grande passeata pelas ruas da cidade reivindicando reajustamento salarial e compromissos firmados pelo Prefeito. A Prefeitura de Imperatriz levou a Câmara Municipal uma proposta de reajuste de apenas 6%, quando na verdade deveria ser de 15%.
"Então a gente fica perguntando, o que passa na cabeça de um gestor que quando na campanha promete prioridade para educação, mas quando chega lá esquece o que realmente tem que ser feito em prol da educação brasileira, da educação maranhense e da educação de cada um dos municípios?", questionou o deputado Bira.
São José de Ribamar
Os educadores da rede municipal de São José de Ribamar também estão em greve por tempo indeterminado, cujo Prefeito não está cumprindo o acordo que tinha firmado com a categoria em relação a progressões e outros benefícios.
CINTRA e ITERMA
O deputado Bira voltou a cobrar da Mesa Diretora da Casa Legislativa as convocações do Diretor Geral do CINTRA e do Presidente do ITERMA, já aprovadas pelo plenário da Assembleia. "O CINTRA ficou interditado por várias semanas, e nós esperamos aqui a oportunidade de ouvir o diretor geral por obrigação e cumprimento da resolução soberana desta Assembleia. Estou aguardando a convocação do Diretor do CINTRA, da mesma forma o Presidente do ITERMA", lembrou.
Publicado em Geral na Edição Nº 14686
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