A realidade na vida da população que vive nos 30 municípios inseridos no Plano de Ações ‘Mais IDH’ começa, dia após dia, a dar sinais de avanços e transformações. Seja na qualidade de vida, na educação ou na geração de renda - os três principais eixos do Plano - a perspectiva já é de mudança, com pouco mais de um ano de execução do Programa implantado pelo governador Flávio Dino. O ‘Dia D - Mais IDH’, realizado no último sábado (20), foi importante para que a equipe da gestão do Governo do Estado pudesse ver e ouvir, bem de perto, os impactos e o que a população tem a dizer. O resultado e a troca de experiência foram animadores.
O dia foi de mobilização, secretários e gestores dos mais distintos órgãos do Governo foram diretamente às cidades do Plano, com a intenção de informar a população o que vem sendo desenvolvido, fiscalizar as obras e dialogar, pessoalmente, com a comunidade. “O evento é realizado simultaneamente nos 30 municípios, o objetivo é fazer com que haja mobilização no âmbito municipal, mas também no âmbito das secretarias do governo para que a gente possa fazer entregas, dialogar com a sociedade, vistoriar as obras que estão sendo realizadas, enfim, fazer com que haja cada vez mais dinamismo na execução deste, que é um programa estratégico do Governo Flávio Dino, porque ele incide direta e rapidamente nas condições de vida do nosso povo”, explicou o secretário de Estado de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry.
Para melhorar os índices sociais até o próximo censo e transformar estes municípios, por década esquecidos e negligenciados pelo poder público estadual, foram realizados investimentos em ações de grande alcance social e de fortalecimento da economia. Programas como a Força Estadual de Saúde, voltado para a atenção básica à saúde, o ‘Sim, eu posso’, para a alfabetização, ou os ‘Sisteminhas’, que oferecem incentivos e assistência técnica para a agricultura familiar, entre tantas outras, são ações que estão transformando o cenário de extrema pobreza que acomete a população destes municípios.
Com uma pequena produção no quintal de casa, Geová Chaves Sousa, 35 anos, de Marajá do Sena, plantava apenas o que consumia e, vez ou outra, vendia o que excedia. Agora, com o incentivo financeiro para estruturar a própria horta e recebendo assistência técnica ele já tem a comercialização de hortaliças e grãos como principal fonte de renda. “Eu já mexia com hortaliças antes, mas a produção era mais acanhada, mais para o consumo mesmo, pouco a gente tirava para fora. Já com a assistência técnica e com o recurso, este ano já teve como ter um aumento e teve como tirar para vender para fora. Então hoje, com a crise que está, já posso dizer que não passei por ela em razão dos meus produtos”, relatou, animado.
Assim como o senhor Geová e sua família, lá de Marajá do Sena, os técnicos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF), desde o mês de outubro do ano passado, já cadastraram 3.103 mil famílias e instalaram 2.053 Sistemas Integrados de Tecnologias (Sistecs) e mais 525 Sisteminhas nos municípios do plano. Com isso, as famílias atendidas pelo Programa já estão recebendo a terceira parcela do fomento, que tem valor total e não reembolsável de R$ 2.700 para investir nos Sistecs.
Um importante programa implantado nos municípios foi o ‘Bolsa Escola – Mais Bolsa Família’, com o pagamento da 13ª parcela de bolsa para a compra de material escolar. Foram 92.243 beneficiários em janeiro deste ano, só nas cidades de menor IDH, mudando a realidade de muitas famílias. Em Satubinha, por exemplo, o Programa Bolsa Escola investiu R$ 79.700,00, beneficiando 1581 crianças que puderam adquirir material escolar. Entre elas, os filhos de dona Rosilene de Oliveira, que com ajuda, iniciaram o ano letivo de cadernos e lápis novos. “Tenho dois filhos e no momento não possuo renda, o programa me ajudou demais, sou muito grata”, destacou a mãe.
Transformador também é o programa de alfabetização ‘Sim, Eu Posso’, implantado em oito dos 30 municípios. Por meio dele, são mais de 14 mil jovens, adultos e idosos aprendendo ler e escrever, como a dona Maria Amância, de 59 anos, que mora em Aldeias Altas. “Quando eu era criança, meu pai não me deixou estudar. Quando casei, meu marido também não deixou. Depois que fiquei velha, tinha vergonha de ir para escola. Mas aí o povo da cidade começou a dizer que sim, nós podíamos estudar”, e assim a vida de dona Maria vai mudando, ao reconhecer as letras.
Sobre a Fesma
A Força Estadual de Saúde (Fesma) é um programa que atua nos municípios que integram o Plano de Ações ‘Mais IDH’, auxiliando no atendimento básico de saúde de mais de 422 mil maranhenses.
Além disso, cada equipe também trabalha a educação em saúde com mobilizações, reuniões e palestras educativas nas escolas. Falta de informação ainda é, segundo quem Atua dentro dos municípios, o grande desafio a ser superado. Foi o que a enfermeira Lana Rodrigues, que é de Teresina, fez o seletivo da Força e atua, há cinco meses, em Marajá do Sena, também pôde perceber. “Nessas andanças que a gente já fez por vários povoados, a gente percebe que ainda existe falta de conhecimento em relação a algumas doenças, principalmente essas dos grupos de riscos, da importância do pré-natal e do acompanhamento continuado e programado de hipertensos e diabéticos. E a gente está tenta buscar, além da assistência, entregar a esta população um pouco de conhecimento para empoderá-los, para que ela possam também auxiliar no seu auto cuidado”, informou Lana.
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