A 8ª edição do Mapa do Ensino Superior, publicada nesta quinta-feira (27), mostra que a evasão dos cursos do ensino superior no país atingiu 30,1% na rede privada e 18,5% na rede pública. Nos cursos de educação a distância (EaD), o índice chegou a 36,6% na rede privada e a 30,4% na pública.
Os dados levam em conta o ano de 2016 e foram divulgados hoje pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), no 20º Fórum do Ensino Superior Particular Brasileiro, realizado na capital paulista.
De acordo com o levantamento, a evasão em 2015 foi de 28,6% na rede privada; e 18,4%, na pública. Nos cursos EaD, 34,2% na privada e 28,7% na pública.
O mapa detalha também a evolução do Programa de Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies). De 2010 a 2014, o número de contratos firmados pelo Fies cresceu 864% (eram 76 mil contratos em 2010 e passaram a 733 mil). Do final de 2014 até 2017, os contratos firmados caíram 77%, chegando a 287 mil em 2015, 204 mil em 2016 e 168 mil 2017. No primeiro semestre deste ano, foram ofertadas 80 mil vagas.
De acordo com a pesquisa, nos cursos presenciais, a maioria dos alunos matriculados (53,4%) está na faixa etária de 19 a 24 anos; na rede pública, o percentual é de 57,9%; na rede privada, de 51,6%. A média geral é de 22 anos nos cursos presenciais.
Já nos cursos EaD, a média geral é de 30 anos. Nos cursos a distância na rede privada, o maior número (57%) encontra-se na faixa etária de 25 a 39 anos. Já na rede pública, 57,8% dos alunos está na faixa etária de 25 a 39 anos.
“O Brasil está perpetuando as gerações sem acesso ao ensino superior. Considerando a faixa etária do aluno do presencial e do EAD, aliada ao baixo crescimento e à estagnação dos cursos presenciais, é possível afirmar que o Brasil não está conseguindo ampliar o ingresso do jovem ao ensino superior. As principais razões são política de financiamento estudantil ineficiente, dificuldades de acesso ao ensino público e falta de motivação dos jovens”, afirmou o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.
“Historicamente, os jovens foram excluídos por anos do ensino superior. E ainda hoje a taxa líquida de escolarização no Brasil, entre os jovens de 18 a 24 anos, é de apenas 18%, bem abaixo da média mundial, e muito distante da meta 12 do Plano Nacional da Educação, que prevê ampliar para 33% o número de jovens no ensino superior até 2024”, disse Capelato. (Agência Brasil)
Publicado em Geral na Edição Nº 16225
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