As micro e pequenas empresas brasileiras foram as grandes responsáveis pelo saldo positivo na geração de empregos no mês de novembro de 2012, segundo estudo do Sebrae elaborado com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ao contrário das médias e grandes empresas que cortaram 44.855 vagas, os pequenos negócios geraram 90.950 novos postos de trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses, os pequenos negócios permitiram um saldo líquido de 1,36 mil contratações no país, o que representa uma expansão de 3,57% do contingente de trabalhadores devidamente registrados.
No cenário nacional, o Maranhão ficou em 11º lugar no ranking, com um saldo positivo de 2.275 novos postos de trabalho gerados pelas micro e pequenas empresas (MPEs) – para efeito da análise, aquelas com até 99 empregados. Da Região Nordeste ficaram à frente do Maranhão apenas os estados da Bahia (6.432), Ceará (5.798) e Pernambuco (5.176).
Dentre as MPEs maranhenses que mais empregaram estão as dos setores de Serviços (975), Comércio (657) e Agropecuária (456). As médias e grandes empresas maranhenses, ao contrário das MPEs, demitiram um contingente de 2.593, com as maiores demissões no setor da Construção Civil (1.963), seguida pela Indústria de Transformação (938) e de Serviços (233).
Nacional - O crescimento do poder de consumo da classe média é um dos fatores que tem gerado uma maior demanda junto às micro e pequenas empresas no País. É uma realidade, por exemplo, a maior presença de homens e mulheres em salões de beleza que se instalam em seus bairros, nos shoppings e outros centros comerciais.
É importante considerar, ainda, a mudança do perfil do empreendedor brasileiro: antes ele abria um negócio próprio por necessidade, por não encontrar um emprego. Hoje, a cada três pessoas que iniciam um empreendimento, duas o fazem por uma oportunidade de negócio.
“Isso muda completamente a característica do empreendedorismo no Brasil e reflete diretamente na qualidade da gestão empresarial, permitindo a entrada desses empreendedores nos mais diversos setores econômicos. O Maranhão também repete a mudança ocorrida no nacional e, hoje, apresenta empreendedores mais conscientes sobre a necessidade de uma boa gestão para manter-se no mercado com competitividade”, destaca o diretor Técnico do Sebrae Maranhão, José Morais.
Com os resultados de novembro, os micro e pequenos empreendimentos caminham para fechar o ano com um impacto na geração de empregos bem superior às médias e grandes empresas. Foram 11 meses de resultados positivos, alcançando uma média mensal que ultrapassa a casa de cem mil novos postos de trabalho. Desde o início de 2012, as empresas com até 99 funcionários criaram mais de 1,13 milhões de empregos, enquanto que as médias e grandes empresas foram responsáveis pela geração de pouco mais de 286 mil postos de trabalho.