Auditores da OIE e representantes do Ministério da Agricultura foram recebidos pelo secretário Cláudio Azevedo em reunião com representantes de entidades rurais

Coordenado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), uma equipe de auditores da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conheceu e discutiu o sistema de atenção veterinária do Estado do Maranhão. A visita, que aconteceu nessa quarta-feira (19), faz parte do processo de avaliação do pleito apresentado pelo Mapa para ampliar a zona livre de febre aftosa com vacinação do país, incluindo os estados do Maranhão, Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas.
Além do Maranhão, outros estados brasileiros estão recebendo a visita dos auditores da OIE, Herbert Schneider e Niksa Barisic, que emitirão um relatório com o resultado de suas análises que servirá de base para avaliação dos 178 países membros da OIE, que se reunirão em Assembleia Geral em Paris, na França, no mês de maio deste ano para, dentre outros assuntos em pauta, votarem por acatar ou não o pleito brasileiro. “Viemos a convite do governo brasileiro para avaliar todo o sistema de atenção veterinária do país e verificar se tem condições de atender aos padrões internacionais de comércio”, explicou o auditor da OIE, Herbert Schneider.
“A meta do Ministério é que todo o país consiga ser reconhecido como zona livre de febre aftosa. Por isso, além do bloco de estados do qual o Maranhão faz parte, já estamos trabalhando com os demais estados do Norte para que também se adequem aos padrões internacionais”, explicou o fiscal do Mapa, Hélio Vilela.
Pela manhã, a comitiva da OIE/Mapa visitou a sede da Aged-MA e, em seguida, a sede da Unidade Veterinária Local (UVL) da agência agropecuária e conheceu a estrutura do sistema de defesa agropecuária do Maranhão que hoje é modelo nacional. “Ficamos felizes com os comentários positivos a respeito do nosso trabalho, do engajamento de nossos servidores, que fizeram com que hoje o nosso modelo de gestão se tornasse referência”, comemorou o diretor geral da Aged, Fernando Mendonça Lima.
À tarde, a comitiva se reuniu com o secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, e representantes de entidades ligadas ao agronegócio, na Sala de Reuniões da Casa Civil do Governo do Maranhão, no Palácio Henrique de La Rocque. Participaram da reunião dirigentes de entidades como Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem); Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema); Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (Faema); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Maranhão (Fundepec); Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV); Instituto do Agronegócio do Maranhão (Inagro); Superintendência Federal de Agricultura do Maranhão (SFA/MA), além da Polícia Rodoviária Federal, constante parceira da Aged em fiscalizações em barreiras zoofitosanitárias. Convidado pelo secretário da Sagrima, o secretário de Estado de Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Mauricio Macedo, também participou da reunião, apresentando as potencialidades econômicas e logísticas do estado.
“O governo do Maranhão e os criadores, juntamente com as entidades rurais, fizeram um grande trabalho de parceria em prol da realização do sonho da certificação internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação. Estamos confiantes que o nosso trabalho contribuiu para que o país alcance essa certificação e ficamos ansiosos pela avaliação dos países membros durante a assembleia da OIE”, comentou o secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo.
O auditor Herbert Schneider informou que a auditoria realizada no país será consolidada em um relatório que exporá uma visão geral do sistema de atenção veterinária brasileiro e que baseará a decisão dos membros da OIE durante a assembleia geral. “Caso se concretize será uma grande conquista para o país, pois é muito difícil se adequar a todas as normas internacionais. Cada região tem seus próprios padrões e exigências. E não adianta erradicar todas as doenças animais e ter o melhor programa de combate a aftosa do mundo se não conquistar a confiança dos mercados internacionais. Mas, por tudo que vi, tenho certeza que fizeram um bom trabalho e espero que consigam alcançar seu objetivo”, disse o auditor.