O número de estagiários no Brasil aumentou de 339 mil em 2010 para 498 mil em 2017, o que representa um crescimento de 47,1%. Já o número de bolsistas cresceu 42,2% nesse mesmo período, ao passar de 206 mil para 292 mil. Em 2017, a maior parte dos estagiários cursava o ensino superior (76,6%), seguido pelo ensino médio (19,6%), técnico (3,4%) e demais níveis (0,3%), de acordo com dados do estudo Benefícios Econômicos e Sociais do Estágio e da Aprendizagem, do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado hoje (11).
O estudo mostra que, em termos percentuais, a proporção de estagiários que recebiam bolsa-auxílio no país teve queda de 60,7% em 2010 para 58,7% em 2017, sendo que em 2016 esse percentual era de 66,4%. A maior parte dos estagiários cursava o ensino superior em 2017 (76,5%), seguido por bolsistas do ensino médio (20,1%) e ensino técnico (3,4%).
De acordo com os dados, a bolsa-auxílio recebida pelos estagiários apresentou queda entre 2010, quando era de R$ 883,00, para 2017, quando passou a ser de R$ 850,00. O nível mais elevado de valores foi registrado em 2013, com R$ 1.013,00. A bolsa-auxílio recebida por estagiários que estavam cursando o nível superior era a mais elevada, de R$ 942,00, seguida pelo ensino técnico, de R$ 631,00.
Segundo a pesquisa, a maior parte de estagiários em 2007 era do sexo feminino (59,8%). O número maior se repete em todos os níveis de estágio. Os estagiários do sexo masculino com bolsa-auxílio em 2017 eram 59,2% enquanto os de sexo feminino eram 58,3%. Quando se trata do valor recebido pelos estagiários, as mulheres ganhavam menos em todos os anos e níveis educacionais. Para os estagiários do nível superior, a diferença média, em 2017, era de R$ 1.001,00, o que indica que os homens recebiam uma bolsa 8,9% maior do que as mulheres.
Aprendizes
A pesquisa também registrou que o número de aprendizes no Brasil teve aumento de 100,2%, de 2010, quando eram 193 mil, para 2017, quando o número passou a ser de 386 mil. A remuneração média dos aprendizes nesse período passou de R$ 395,00 para R$ 634,00 (60,6%) em termos nominais ou de R$ 600,00 para R$ 634,00 (5,7%) em termos reais.
Em 2017, o setor que mais concentrava aprendizes era o de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (26,7%); indústrias de transformação (20,7%); saúde humana e serviços sociais (13,9%).
Segundo o estudo, a remuneração total dos estagiários e aprendizes chegou a R$ 6,246 bilhões em 2017. Com isso o valor adicionado ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de R5 15,1 bilhões, o que gerou um impacto direto e indireto de R$ 10,7 bilhões. O impacto induzido (aumento da renda dos agentes da economia) foi de R$ 4,4 bilhões. Foram gerados 181,6 mil postos de trabalho. (Agência Brasil)
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