De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de 2018 para o Maranhão foi de 1.090 casos de câncer de colo de útero. São 30,55 casos para um grupo de 100 mil mulheres.
A doença afeta cerca de meio milhão de mulheres a cada ano no mundo, com a maior parte ocorrendo antes dos 50 anos.
O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). Existem mais de 100 variedades de HPV e cada subtipo recebe um número de identificação. Contrair os subtipos 16, 18, 31 e 33 aumenta significativamente o risco de câncer do colo uterino.
Condições precárias de saúde e higiene, comportamento sexual com múltiplos parceiros sem uso de preservativo e tabagismo são outros fatores de risco associados.
Foco na prevenção
A médica oncologista da Oncoradium Imperatriz, Camila Oliveira de Sá, enfatiza a importância da prevenção:
"As alterações iniciais são descobertas no exame preventivo, conhecido como Papanicolau. A partir desses achados, os tratamentos podem ser instituídos precocemente, levando a maior chance de cura da doença."
Vacinação contra o HPV
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Governo estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Como não fornecem proteção contra todos os subtipos causadores do câncer do colo uterino, o exame do Papanicolau é recomendável mesmo em mulheres vacinadas.
Tratamento
De acordo com Camila Sá, o tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico.
"Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A escolha do melhor tratamento vai depender do estágio que a doença se apresenta", explicou.
Comentários