O índice de solução dos casos de homicídios na Região Metropolitana de São Luís alcançou 40% em 19 meses da atual gestão, fruto das medidas executadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA). Até 2014, esse índice era de apenas 8%, ou seja, mais 90% das investigações de mortes não eram solucionadas. O resultado positivo se deve à especialização das investigações com a criação da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e da aquisição de uma delegacia móvel que tornou possível iniciar o inquérito imediatamente após a ocorrência e elevar o nível da investigação com o melhor aparelhamento.
Os dados foram citados pelo delegado geral de Polícia Civil, Lawrence Melo, na manhã dessa quinta-feira (25), durante participação em um programa de rádio de um veículo local. O delegado geral citou que as ações da gestão Flávio Dino levaram o Maranhão a ultrapassar a meta determinada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) na redução da criminalidade. O órgão exige que a cada ano os estados diminuam em 5% os índices, somando 20% ao final de quatro anos – período de uma gestão. Em apenas 19 meses de governo, os índices já caíram 18,4%, o triplo do exigido pela Senasp.
Os números referem aos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que incluem os homicídios, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo seguido de morte). Neste conjunto, os homicídios, que estão entre os que mais preocupam a Segurança, tiveram diminuição de 17,3%, comparando os primeiros setes meses de 2014 e 2016. Nesta linha de queda também está o latrocínio com 60% de redução dos casos, considerando os 19 meses da atual gestão. “O novo modelo de investigação apura os casos de mortes de forma especializada, específica e exclusiva. Agora, há equipes que se dedicam a esta apuração, o que aumentou o grau de resolutividade”, explica.
Combate às drogas
Em maior parte, explicou o delegado geral de Polícia Civil, os homicídios e latrocínios são resultantes do tráfico de drogas. E uma ação direta da Segurança para aplacar o tráfico foi criar a Superintendência de Narcóticos (Senarc), formada por departamentos que se ocupam na contenção do tráfico e suas ramificações. Funcionando desde agosto do ano passado, o órgão aumentou em mais de 1500% o índice de apreensões já no primeiro momento de suas atividades.
Em todo o ano de 2014, com a antiga estrutura, foram apreendidos 104 quilos de drogas, destes, 90,5 quilos de maconha, a mais traficada. Já em 2015, este número salta para 1,5 toneladas apreendidas, sendo 1,3 toneladas só da maconha. Este número já é superado com o trabalho intensivo das equipes da Senarc, de janeiro a agosto deste ano, somando 1,6 toneladas já apreendidas de drogas.
No planejamento estratégico da Senarc no combate ao tráfico de drogas se somam a criação de um número no whatsapp funcionando 24 horas, recebendo a média de 15 denúncias por dia, tendo a comunidade contribuído com o trabalho policial; o reforço de cães farejadores, colocando Polícia Civil do Maranhão como a primeira do Nordeste a possuir esta estrutura de combate ao tráfico; e o trabalho educativo de caráter preventivo nas escolas com palestras para orientar crianças e jovens sobre os riscos dos entorpecentes.
Lawrence Melo enfatizou a existência de um cenário negativo estabelecido ao longo dos anos e que sua alteração depende de ações diretas, cujos resultados serão vistos a médio e longo prazo. “É uma realidade desafiante, mas que não se modifica da noite para o dia. Nossa polícia tem sido compromissada com a garantia de mais segurança ao cidadão. É um trabalho conjunto e estamos firmes para mudar estes números negativos”, enfatiza Melo.
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