Barueri-SP – O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 - mostra que o almoço fora de casa custa em média R$ 29,35 no Nordeste do Brasil. O valor representa um aumento de 15,79% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava média de R$ 25,35. Os dados, apurados pelo Instituto Datafolha em parceria com a Alelo, administradora de cartões-benefício e cartões pré-pagos, apresentam a média nacional de R$ 27,46 - valor que representou aumento de 2,54% em relação ao preço médio nacional de R$ 26,78, verificado pela edição anterior da pesquisa.
A pesquisa, em sua terceira edição, foi realizada com 4.312 estabelecimentos de cidades brasileiras no período entre 13 de setembro e 19 de outubro de 2011. Todos os estabelecimentos entrevistados são credenciados à rede Visa Vale e analisa a refeição no período do almoço, de segunda a sexta-feira. O levantamento avaliou o custo individual de prato principal, sobremesa, bebida e café expresso, compondo assim o valor total da refeição.
A região Nordeste, que antes era a terceira mais barata do país com média de R$ 25,35, tornou-se a mais cara com média de R$ 29,35 por refeição. O Sudeste está logo atrás, com a média de R$ 27,84, seguida de Norte/Centro-Oeste, com R$ 26,35 e Sul, com R$ 24,84.
Além de ser a região mais cara do país, o Nordeste também lidera com a cidade de maior preço médio de refeição no Brasil - São Luís (MA), com média de refeição completa de R$ 36,21. No ano passado, a pesquisa apontou o Rio de Janeiro como cidade mais cara do país.
A capital baiana, Salvador, aparece em segundo lugar entre as mais caras da região com R$ 29,96 de custo médio para almoçar fora de casa. A cidade de Natal (RN) vem em seguida, apresentando o valor de R$ 29,87. Em quarto lugar deste ranking está a capital de Pernambuco, Recife, onde almoçar fora de casa custa em média R$ 26,73. Fortaleza (CE) vem logo depois, com R$ 26,27.

Pesquisa e Preço Médio no Brasil

O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 mostra que o almoço fora de casa custa, em média, R$ 27,46 no Brasil. O valor representa um aumento de 2,54% em relação ao levantamento apresentado no ano passado, que apontava a média de R$ 26,78. Neste mesmo período (janeiro a outubro de 2011), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) específico dos alimentos e bebidas evolui 4,76% e o IPCA geral avançou 5,43%. Segundo dados da pesquisa, o aumento dos estabelecimentos de até 50 lugares – que passaram a representar 34% da amostra contra 18% do ano passado –, motivou a pequena variação do preço médio de refeição. Os restaurantes com 50 ou mais lugares (66% de amostra) tiveram um crescimento médio de 10% no valor da refeição completa.
Da média de R$ 27,46 apontada pela edição deste ano, somente o prato representa aproximadamente 60% do valor da refeição completa, com valor médio de R$16,35. A sobremesa, por sua vez, representa R$ 5,38, enquanto a bebida participa com R$ 3,15 e o café com R$ 2,58. O aumento mais expressivo dos componentes da refeição foi identificado no valor do café -10,26%, seguido pelo preço da bebida, que foi de 6,42%. Prato e sobremesa tiveram aumentos menores, com, respectivamente, 1,36% e 0,56%.
De acordo com os resultados das pesquisas anteriores, é possível afirmar que a refeição fora de casa “pesou” mais no bolso do brasileiro no período de 24 meses, entre outubro de 2009 até outubro de 2011. O valor da refeição completa (prato, bebida, sobremesa e café expresso) aumentou 20,92% neste período, passando de R$ 22,71 em 2009 para R$ 27,46 em 2011, segundo a pesquisa feita por Alelo e Datafolha. Atribui-se ao salto a alta de 16,49% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) específico dos alimentos e bebidas, ocorrida entre 2009 e 2011, enquanto o IPCA geral avançou 12,84%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“A Alelo desenvolve anualmente esta pesquisa em parceria com o Instituto Datafolha com o objetivo de auxiliar as empresas a desenharem uma proposta de benefício em sintonia com os custos médios da região onde estão inseridas. Esse material, inclusive, é muito útil para os pequenos empreendedores, que se apóiam em informações de mercado para oferecer mais vantagens às suas equipes. Isso significa retenção e melhoria na qualidade de vida e produtividade destes funcionários”, explica Ronaldo Varela, diretor executivo Comercial, Marketing, Produtos e Novos Negócios da Alelo.

Onde o preço é mais alto

De acordo com o ranking do levantamento, São Luís (MA) é a cidade com a refeição fora de casa mais cara do Brasil, com custo médio R$ 36,21. Em seguida, estão São Vicente (litoral sul de SP), com R$ 34,91, e Rio de Janeiro (RJ), com R$ 32,78.
Neste ranking, o Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 aponta outra curiosidade. A cidade de São Vicente (SP), até então não contemplada por não apresentar número de estabelecimentos suficientes para participação da pesquisa, não apenas mostrou grande aumento no número de estabelecimentos como também se classificou como a segunda mais cara do país, refletindo o crescimento do número de habitantes e a chegada de empresas voltadas para o segmento de exploração de petróleo e gás.

Preferência entre categorias de almoço

O Índice Alelo de Preço Médio de Refeição 2012 analisa o custo e a oferta da refeição em quatro diferentes categorias de prato: comercial (também conhecido como “prato feito ou PF), self service, executivo e à la carte. Segundo a pesquisa, 58% dos estabelecimentos oferecem o sistema de refeição self service, queda de seis pontos percentuais frente à edição de 2011. O tradicional prato comercial subiu sete pontos e o executivo, cinco pontos percentuais.
“O trabalhador brasileiro conta com oportunidades crescentes no mercado formal, melhores remunerações e acesso a mais benefícios. Com a ampliação do poder de consumo, está migrando e experimentando outros sistemas de refeição. Quem antes se alimentava apenas com o tradicional prato comercial hoje adota as opções self service ou até mesmo à la carte”, comenta Varela. Para o executivo, o aumento da oferta dos sistemas de refeição comercial e executivo são resultados de uma possível adequação dos estabelecimentos a essa mudança de comportamento.