SES apresenta material a ser usado na coleta dos exames

São Luís - São Luís e mais 22 municípios maranhenses participarão de uma pesquisa nacional que identificará os focos e níveis de contaminação causados pela Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses. A esquistossomose é uma doença crônica, caracterizada, também, como uma parasitose por organismo multicelular de forma grave. A pesquisa, batizada de Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses, tem coordenação do Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e municípios.
Os 23 municípios maranhenses que participarão do projeto foram selecionados aleatoriamente pelo Ministério da Saúde. Para dar início aos trabalhos de coleta em São Luís, o secretário Adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, entregou, na segunda-feira (12), aos representantes do município, o material a ser usado na coleta dos exames na capital.
Para o secretário-adjunto Alberto Cerneiro, o programa é de fundamental importância por traçar um perfil da doença no Maranhão e no Brasil. “O Inquérito mapeará a ocorrência de outras geomitíases por meio de um trabalho pactuado com o Ministério da Saúde afim de atualizarmos nosso conhecimento em relação a estas doenças”.
O inquérito, que tem por objetivo mapear a doença no Brasil, servirá para redefinir as políticas públicas direcionadas à profilaxia e tratamento dessa e de outras doenças parecidas. A meta é obter informações sobre como está acontecendo a propagação da esquistossomose no país para, a partir daí, avaliar a prevalência das alterações clínicas produzidas pela doença.
No Maranhão, o trabalho será feito pelos municípios e pela Secretaria de Saúde, por meio da Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde, com execução pela equipe técnica do Laboratório Central (Lacen) e apoio logístico da Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças.
A representante do Setor de Endemias do Lacen, Orzinete Soares, explica que o projeto atingirá estudantes de escolas públicas com faixa etária entre 7 e 14 anos. “As escolas foram indicadas pela Prefeitura e as coletas começarão a ser feitas no início do ano letivo”, diz.
O mesmo procedimento será adotado nos demais municípios, os quais receberão visita de técnicos que realizarão as coletas. O resultado do projeto só será conhecido ano que vem, após o encerramento do ano letivo. Serão realizadas também palestras educativas nas escolas.
Além de São Luís, cidades como Graça Aranha, Itinga do Maranhão, Cedral, Raposa, Mirador, Pedreiras, São João dos Patos, entre outras, integrarão o projeto. “As cidades foram escolhidas aleatoriamente e integram regiões consideradas endêmicas, não endêmicas e com focos da doença”, esclarece Orzinete Soares.
A esquistossomose é um grave problema de saúde pública e está presente em 19 estados brasileiros. A última pesquisa feita no Brasil data de 1950. Participarão do projeto os 27 estados, em um total de 542 municípios, sendo realizadas 222.474 coletas. Somente em São Luís serão realizados 4.360 exames. No total, o Maranhão coletará 18.562 amostras. (Carla Melo)