Raimundo Primeiro
Os mestres estão partindo, mas deixando seus legados. Terça-feira, 22 de maio de 2018, dia de luto para o jornalismo brasileiro. Em São Paulo, morreu, pela manhã, o veterano jornalista brasileiro Alberto Dines.
Fã de carteirinha, sou leitor de seus textos.
Vale redundar, pois as reportagens anunciando a morte de Dines já ressaltaram que as mudanças que ele implementou no “Jornal do Brasil” deram vida nova ao JB.
Ler Dines discorrendo sobre os mais diferenciados temas, permanece prazeroso. Instrutivo. Ensina.
O jornalista deixou uma grande lacuna no Portal “Observatório da Imprensa”, fundado por ele, que também era professor universitário e escritor. Por meio do veículo, de forma crítica, acompanhava a mídia brasileira, analisando. Fazendo, reflexões.
Alberto Dines partiu, deixou-nos aos 86 anos. Foi. Sua obra, seu jeito de ser e, principalmente, sua visão sobre o Brasil e o mundo, certamente, balizarão muitos jornalistas, sobretudo os profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho, atualmente com novas plataformas e, consequentemente, novas linguagens.
Alberto Dines era um apaixonado pelo jornalismo, estudando e mostrando suas perspectivas, chegando, inclusive, a ganhar o “Prêmio Jabuti”, em 1993, com a obra “O papel do jornal: uma releitura”.
Alberto Dines ouviu e soube trilhar. Clarice Lispector também chegou a ser orientada por ele, lá no início de suas atividades, na condição de colunista.
Li textos de Alberto Dines publicados no “EL País Brasil”, do qual o veterano jornalista foi colunista. Assuntos políticos, enfim, o Brasil enfocado sobre diversos aspectos. E com maestria! O jeito Dines de ser.
O talento de Alberto Dines fará falta. Nascera em fevereiro, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o jornalismo brasileiro era forte.
“A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público, não espetáculo”. (Alberto Dines)
Sua trajetória, porém, inspirará. Motivará atuais e futuros jornalistas. Tenha certeza!
Descanse em paz!
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