Portando faixas, cartazes de repúdio e rostos pintados, professores, estudantes e a população em geral do município de Governador Edison Lobão, a 30 km de Imperatriz, foram às ruas mais uma vez na terça-feira (19) para se manifestarem contra a gestão do atual prefeito Evando Viana. Os moradores reclamam da precariedade na saúde, educação, saneamento básico, falta d’água, iluminação pública e atraso no pagamento do salário de dezembro de 2012 dos contratados, entre outras coisas.
Os professores da rede municipal de ensino seguraram faixas que expressavam o sentimento de indignação e revolta. “Somos contratados, mas somos competentes!”. Os profissionais da educação querem a regularização do pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho. Os estudantes, também, expressavam a sua revolta com cartazes que diziam: “Está difícil para administrar? Pede para sair, eu aprovo!”.
Para a nutricionista Jhullyane Alencar, a população se mobilizou para reivindicar por melhorias na educação, saúde, infraestrutura, e falta de água no município e, principalmente, pelos salários atrasados. “O prefeito protocolou no Ministério Público uma proposta para pagar o salário da educação, do mês de dezembro de 2012, parcelado em 15 vezes e os servidores não aceitaram, é lógico”, afirmou.
Os manifestantes também criticaram a realização da sessão realizada às 6h30 de segunda-feira, excluindo alguns vereadores para aprovarem o pedido da anulação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria apurar suposta denúncia de desvio de recursos públicos.
Para o presidente do Sindicato dos Professores, Lindomar Costa, “a luta está apenas começando. Não iremos desistir, este é o primeiro dos atos. Os próximos organizaremos e já posso adiantar que entre as ações estão a de interditar a BR-010 para mostrar ao Brasil o que está ocorrendo em Edison Lobão”, frisou.
Diante das ameaças de que seu salário como servidor público será suspenso, Lindomar Costa afirmou categoricamente que está preparado para entrar com ação judicial e que irá até as últimas consequências para garantir seus direitos. “Suspender meu salário por quê?”, questiona.
No final da manifestação, Lindomar Costa e a professora Euramir Reis, presidente da Federação Maranhense das Entidades dos Professores, fizeram pronunciamentos e garantiram apoio e recusa na proposta do município de parcelar o pagamento do mês de dezembro de 2012 em quinze parcelas e que só terminará em 2015.
Publicado em Geral na Edição Nº 14860
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