Colmeia infestada por Aethina tumida

Conforme nota técnica enviada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o setor de epidemiologia dos órgãos de defesa animal de todo o Brasil, em documento assinado em 14 de julho, foram confirmados oito focos de infestação de colmeias da abelha Apismellifera pelo pequeno besouro Aethinatumida, em três municípios de São Paulo.
Enquanto tenta estimar a extensão do problema e os danos às colmeias de abelhas africanizadas, que constituem a base da apicultura brasileira e nascem do cruzamento da Abelha-Africana com raças europeias, o Mapa defende que “é necessário alertar toda a comunidade apícola sobre a necessidade de notificação imediata da suspeita da ocorrência da Aethinatumida, em qualquer tipo de colmeia e proceder a investigação epidemiológica na região para caracterizar o impacto desta praga”.
O besouro que acomete as colmeias de abelhas, na fase larval, se alimenta dos ovos, ninhadas, mel e pólen, destruindo os favos e a estrutura da colmeia e causando grande impacto na produção. Além disso, a nova praga também torna o mel impróprio para consumo, devido à fermentação que ocorre após o contato com as larvas.
“A fêmea adulta pode viver pelo menos seis meses e, em condições propícias, colocar milhares de ovos. O besouro pode viver na natureza e sobreviver até duas semanas sem comer, e voar até 13 quilômetros de distância de seu ninho, sendo capaz de se dispersar rapidamente e invadir novas colmeias”, diz o documento.
No Maranhão, de acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), não houve nenhuma notificação de suspeita de infestação. “Em maio, participamos do 1º Curso de Sanidade Apícola de São Paulo, no qual estudamos formas de prevenção e diagnóstico da infestação desse besouro. Agora, é preciso que o produtor esteja alerta e notifique a Aged imediatamente em caso de qualquer suspeita”, explica o responsável técnico pelo Programa Nacional de Sanidade Apícola (PNSA) na Agência, Clenilson Júnior.
Na nota técnica Nº 3/2016, o Mapa ainda adverte que a movimentação de colmeias, favos de mel e outros produtos apícolas é a forma mais comum de transmissão da infestação a outras colônias.

Serviço
Para receber denúncias e relatos de suspeitas de doenças de notificação obrigatória, o Maranhão possui um número para contato sem nenhuma taxa de cobrança, conhecido como Disque Aged: 0800 280 6006.