Vinte e três grupos de Economia Solidária de diversas regiões do Maranhão participam da II Feira Mundial de Economia Solidária, de quinta (11) a domingo (14), em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, também, acontecerá o Fórum Mundial de Economia Solidária. Integram a comitiva 22 estudantes dos cursos de Design, Ciências Sociais, Tecnologia de Alimentos e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
A participação do Maranhão é resultado de parceria celebrada entre a Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), Fórum Estadual de Economia Solidária (Feesma) e Ufma. A união destes setores em defesa da economia solidária acontece por meio de projeto de pesquisa coordenado pela ONG Unitrabalho, em que estudantes prestam assistência técnica especializada aos empreendimentos econômicos solidários na área de design dos produtos, tecnologia para embalagem de produtos alimentícios, entre outros.
O secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy, afirmou que a parceria consolida o trabalho dos grupos de economia solidária maranhenses. “Contribui para incrementar a geração de renda através do associativismo”. Heluy lembrou a recente experiência envolvendo a presença de grupos da economia solidária no Arraial da Lagoa da Jansen, quando foi comercializado mais de R$ 35 mil.
Entre os grupos presentes na feira de Santa Maria, produtores da Tiquira Maranhense, a cachaça artesanal feita a partir da mandioca, famosa pela cor azulada e pelo forte teor alcoólico; artesãs que trançam o linho de buriti para produzir bolsas, bordados, chapéus e toalhas de mesa; rendeiras da Raposa levando a beleza da renda de bilro através de joias e peças de cama e mesa; artesãs que produzem biojoias com sementes regionais; além de produtores de mel e doces de frutas regionais.
Feira
A Feira de Santa Maria é um grande espaço de articulação, debate, troca de ideias e experiências de comercialização entre empreendimentos da economia solidária, agricultura familiar, agroindústrias familiares, catadores, povos indígenas e trabalhadores do campo e da cidade.
Segundo a chefe da coordenação de Economia Solidária da Setres, Mariana Nascimento, o espaço fortalece a construção de um novo modelo de desenvolvimento econômico. “Propõe o desenvolvimento solidário, sustentável e territorial para construção de uma sociedade economicamente viável e ambientalmente sadia”, destacou a coordenadora. A ida a Santa Maria, para ela, é a consolidação do trabalho social e de articulação regional realizado no Maranhão.
Desde 1994, Santa Maria é cenário de eventos importantes sobre Cooperativismo e Economia Solidária, sendo considerada a capital mundial da Economia Solidária e do Cooperativismo Alternativo. Este ano, a Feira Mundial chega com uma forte articulação de empreendimentos econômicos solidários dos países do Mercosul e da América Latina.
Publicado em Geral na Edição Nº 14748
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